Pan-Americano inspira a 13ª Bienal do Livro do RJ
O espírito dos Jogos Pan-Americanos vai influenciar a próxima 13.ª Bienal Internacional do Livro, que começa dia 13, no Rio de Janeiro – como no evento esportivo, a feira literária vai homenagear especialmente os países das Américas com mesas especiais, a
Publicado 15/08/2007 16:31
“Como o evento está consolidado, o desafio agora é investir em qualidade”, afirma Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Assim, a bienal carioca tem se caracterizado pela escolha de temas ou países definidos que pontuem os lançamentos, evitando que o evento se transforme em uma enorme babel, por conta de seu gigantismo. Afinal, a bienal vai contar com 950 expositores e a expectativa de visitação de 600 mil pessoas.
Entre os autores das três Américas, a atenção vai recair sobre nomes promissores, como o do peruano Daniel Alarcón, que foi recentemente selecionado pela revista Granta como um dos 20 jovens escritores mais promissores dos Estados Unidos –, atualmente, ele vive naquele país. Dele, a Rocco vai lançar seu romance de estréia, Lost City Radio, elogiada por Colm Tóibín como uma narrativa ao mesmo tempo terna e assustadora.
A guerra, independentemente da época e dos adversários envolvidos, será outro tema a ser discutido por vários escritores convidados. A americana Deborah Rodriguez, por exemplo, tem uma história curiosa: cabeleireira, ela foi para o Afeganistão em 2001 como voluntária de um grupo humanitário. Dois anos depois, Deborah fundou o primeiro Salão-Escola de Beleza de Cabul, espaço considerado revolucionário para a vida das mulheres da cidade. A história é tema do livro O Salão de Beleza de Cabul, já lançado pela Campus-Elsevier.
Quem deverá arrastar uma multidão de fãs, no entanto, será o australiano Markus Zusak, autor de A Menina Que Roubava Livros, obra que está há mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times e que já vendeu 150 mil exemplares no Brasil, lançada pela Intrínseca. Trata-se da história da garota que, durante a 2.ª Guerra Mundial, consegue enganar a morte ao exercitar o hábito de roubar coisas às quais não resiste, como livros, por exemplo.
A bienal vai ocorrer no momento em que foi divulgada a pesquisa Produção e Vendas do setor Editorial Brasileiro em 2006. Segundo números apurados, houve um aumento de 11,97% no total geral de faturamento no ano passado, representando um montante de quase R$ 3 bilhões.
Fonte: O Estado de São Paulo