PCdoB/SP aposta em Aldo e no fim da polarização em SP
A pesquisa Datafolha aponta dianteira de Geraldo Alckmin e Marta Suplicy na disputa municipal. No entanto, aparecimento de outros nomes – Gilberto Kassab, no campo de oposição a Lula e dos deputados Aldo Rebelo, Erundina e Paulinho, de p
Publicado 15/08/2007 15:40
Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado coloca o tucano Geraldo Alckmin e a petista Marta Suplicy na frente da corrida eleitoral na cidade de São Paulo. O ex-governador aparece com 30% das intenções de voto, seguido pela ministra do turismo com 24%. Aperecem depois, em empate técnico, Paulo Maluf (11%), Gilberto Kassab (10%) e Luiza Erundina (9%). São também mencionados o pedetista Paulo Pereira da Silva, com 5%, e Aldo Rebelo, do PCdoB, com 1% das intenções de voto.
Para Rodrigo de Carvalho, da direção estadual do PCdoB, “a pesquisa demonstra uma lembrança mais próxima das últimas eleições presidencial (2006) e municipal (2004), mais ou menos previsível, em que os principais nomes continuam com certa referência no eleitorado. As candidaturas ainda não estão definidas e o cenário de disputa está muito disperso o que pode provocar certa dificuldade para uma leitura política mais apurada da correlação de forças na cidade''.
O dirigente comunista reconhece a força das candidaturas de Alckmin e Marta, mas prevê que a polarização entre PT e PSDB pode ser rompida. ''Contudo, é sabido que os nomes de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marta Suplicy (PT) tendem a iniciar o jogo com mais fôlego. Mas acredito também que este cenário pode provocar reações que possibilitem o rompimento da polaridade PSDB versus PT. O lançamento de novos nomes, como Gilberto Kassab (DEM) e de Aldo Rebelo(PCdoB) vai enriquecer o debate político'', avalia.
O PT ainda desconversa sobre a candidatura de Marta. ''O PT vai decidir as candidaturas depois do congresso do partido. A pesquisa é um indicador importante e abre possibilidade para dialogar com outros partidos, como o PCdoB, o PSB'', diz o vereador petista Paulo Fiorilo.
Fiorilo sinaliza que o PT pretende procurar os partidos da base do governo Lula. ''Para o PT [a pesquisa] é sinal importante pra abrir dialogo e contruir uma aliança forte. A candidatura é forte para cidade, mas queremos construir coletivamente a decisão'', conclui.
No entanto, outras candidaturas da base de Lula estão se consolidando e não deve haver recuos. Exemplo disso é expresso na formação do Bloco de Esquerda e sua intenção de caminhar unido nas eleições em importantes cidades. ''A candidatura de Aldo Rebelo já aparece com pontuação nas pesquisas de opinião e isso é muito positivo. Aldo nunca disputou eleições majoritárias e seu nome surge a partir de sua expressão enquanto parlamentar. O PCdoB considera que o momento político é de construir nossa candidatura, com humildade e diálogo com outras forças políticas no campo progressista”, avalia Rodrigo de Carvalho.
De São Paulo,
Fernando Borgonovi