Eleição 2008: Manuela e Fogaça empatam em Porto Alegre

Manuela, embalada pela maior votação do RS nas últimas eleições, desde as primeiras especulações sobre a sucessão na capital gaúcha aparece como uma das opções mais fortes. Foi assim em pesquisa publicada pela revista voto, no início do ano, quando surpreendeu ao aparecer em segundo lugar, atrás do ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra e à frente do atual prefeito José Fogaça. Nesta segunda-feira, o Instituto Methodus lançou nova pesquisa em que aponta entre os nomes para a prefeitura com alto índice de popularidade e baixa rejeição.

Em todos os cenários Manuela aparece na frente nas pesquisas, em empate técnico com o atual prefeito, José Fogaça (PPS), ou com o ex-ministro Miguel Rosseto (PT), (veja abaixo).

Para o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, a pesquisa apresenta situação favorável, que revela a ''viabilidade de apresentar um projeto renovado para Porto Alegre''. O dirigente comunista acrescentou que o resultado da pesquisa reforça ainda mais a disposição dos comunistas em se apresentarem com cara própria no pleito. ''Esta é a nossa convicção'', disse, aproveitando para desmentir os que tentam ''plantar'' boatos que colocam em dúvida esta decisão. ''Estamos trabalhando intensamente para a construção desta alternativa; de um projeto novo para a capital, com uma esquerda renovada''.

Frasson disse ainda que a boa receptividade que o nome de Manuela tem junto aos eleitores fortalece as negociações que o partido vem realizando com as demais forças políticas. Um critério estabelecido pelos comunistas é a interlocução com os partidos que compõem a base de apoio do governo Lula. Encontros já forma realizados com PSB, PDT, PT e PMDB.

Uma das alternativas mais cogitadas pela imprensa porto-alegrense atualmente é a aliança com o PMDB. Os partidos têm mantido encontros mais intensos nos últimos dias. Ao que tudo indica, a idéia de lançar vice na chapa de Manuela é vista com simpatia por diversas lideranças peemedebistas.

''Estamos abertos às discussões em torno das possíveis alianças. Queremos contar com a participação de todos os que defendem  os avanços para a capital, com renovação e a retomada do desenvolvimento econômico e social'', salientou Frasson.

Veja os números da pesquisa

Se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes em quem você votaria?
Não sabe – 16,3%
José Fogaça (PPS) – 15,8%
Manuela d´Ávila (PCdoB) – 14,2%
Luciana Genro (PSOLl) – 11,7%
Nenhum – 11,1%
Miguel Rosseto (PT) – 10,4%
Onyx Lorenzoni – DEM – 8,0%
Vieira da Cunha – PDT – 7,2%
Beto albuquerque – PSB – 5,3%
Nesta simulação, Fogaça e Manuela aparecem tecnicamente empatados.

E se fossem estes os candidatos a prefeito, em quem você votaria?
Não sabe – 16,3%
José Fogaça – PPS – 15,9%
Manuela d´Ávila – PCdoB – 14,9%
Luciana Genro – PSOL – 12,3%
Nenhum – 11,0%
Maria do Rosário – PT – 9,1%
Onyx Lorenzoni – DEM – 8,3%
Vieira da Cunha – PDT – 7,0%
Beto Albuquerque – PSB – 5,2%
Assim como na primeira simulação, Fogaça e Manuela estão em empate técnico, com uma diferença mínima de 1,0 ponto percentual na segunda simulação.

E se fossem estes os candidatos a prefeito, em quem você votaria?
Não sabe – 18,1%
José Fogaça – PPS – 17,9%
Manuela d´Ávila – PcdoB – 17,4%
Miguel Rosseto – PT – 16,8%
Nenhum – 13,6%
Onyx Lorenzoni – DEM – 10,1%
José Otávio Germano – PP – 6,1%
Fogaça, Manuela e Rosseto aparecem numa situação de empate técnico.

Na pergunta “em qual você não votaria de jeito algum para prefeito de Porto Alegre” o índice de rejeição da Manuela foi de penas 9,6%.

Fogaça (PPS) é o nome de maior rejeição (27,8%), seguido de Onyx Lorenzoni (DEM – 24,3%), Luciana Genro (PSOL – 19,4%) e Maria do Rosário (PT – 18,0%)

Entre os principais problemas de Porto Alegre aparecem:
Segurança (43,9%), Desemprego (19,9%) e Saúde (16,6%)
60% não quer que o prefeito Fogaça seja reeleito
45,8% estão insatisfeitos com a atual administração de Porto Alegre.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 03 de agosto. A amostragem foi calculada tomando-se como base um nível de confiança de 95%, com margem de erro estimado em, no máximo, 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistadas mil pessoas.

De Porto Alegre
Clomar Porto