Metalúrgicos de Betim convocam ato para garantir direito de greve na Sae Towers
Nesta quarta-feira, 29, a partir de 7h30, o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim
e outras entidades do movimento social mineiro promoverão um ato na portaria da
Sae Towers em protesto contra a tentativa da empresa de coagir seus
trabalhadores a
Publicado 28/08/2007 18:14 | Editado 04/03/2020 16:52
A razão principal da greve é a proposta de Participação nos Lucros ou Resultados
(PLR) apresentada pela empresa, considerada ruim pelos trabalhadores, que, em
assembléia realizada esta manhã, decidiram manter a paralisação.
Na noite de ontem, entretanto, a empresa comunicou ao Sindicato que não fará
nenhuma nova proposta até que os grevistas retornem ao trabalho. O mesmo foi
informado aos trabalhadores em carta distribuída no mesmo dia.
Além do forte aparato policial que tomou conta da portaria da empresa nesta
terça-feira, informações obtidas pelo Sindicato dão conta ainda de que, a partir
de amanhã, a Sae Towers passará a visitar os grevistas, na tentativa de
convencê-los a encerrar o movimento. “Diante da firmeza que os trabalhadores têm
demonstrado durante toda a greve, a Sae Towers decidiu apelar para a intimidação
velada sobre eles e suas famílias, para fazer valer o seu interesse, o que não
podemos aceitar. Daí, o nosso protesto”, afirma Marcelino da Rocha, presidente
do Sindicato.
A proposta da Sae Towers é de uma PLR de R$ 1.750,00. Após consultar os
trabalhadores, o Sindicato propôs R$ 3.500,00. As partes também divergem quanto às metas a serem cumpridas. A proposta da Sae Towers condiciona 70% do valor da PLR ao resultado financeiro da empresa e os 30% restantes à produção, assiduidade e cumprimento de prazos de entrega. Já a proposta do Sindicato prevê que somente metade do valor esteja condicionada ao resultado financeiro; 40% à produção; e 10% ao cumprimento de prazos de entrega.
De Betim,
Alexandre Magalhães