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Renato ao PT: reformar a política e a mídia são dois desafios

Relembrando que o PT e o PCdoB compartilham uma trajetória com objetivo político comum desde 1989, o presidente nacionald o PCdoB, Renato Rabelo, conclamou os participantes do 3º Congresso do PT a enfrentarem dois grandes desafios políticos&n

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participou na noite de ontem (31/8) do ato político que marcou a abertura do 3º Congresso Nacional do PT, em São Paulo. Renato compôs a mesa ao lado de lideranças do Partido dos Trabalhadores, do governo, dos movimentos sociais e de outros partidos da base aliada.


 


Convidado a fazer uma saudação aos participantes do congresso, Renato iniciou seu discurso cumprimentando os membros da mesa e afirmando que a eleição de Lula à presidência, em 2002, abriu um novo ciclo político em nosso país. “Ciclo político que não deve se encerrar com o fim do segundo mandato de seu governo”, disse Renato.


 


Relembrando que o PT e o PCdoB compartilham uma trajetória com objetivo político  comum desde 1989, o dirigente comunista afirmou que dois grandes desafios políticos e imediatos se colocam  para a militância de esquerda: a reforma política e a democratização dos meios de comunicação.


 


Renato salientou, em relação à reforma política, que o pouco que se conseguiu avançar até agora deve-se muito à ação do PCdoB e do PT, mas que é preciso avançar muito mais para se conseguir uma reforma ampla que mude de fato o sistema eleitoral brasileiro.


 


O dirigente do PCdoB mostrou-se simpático à proposta de convocação de uma constituinte exclusiva para deliberar sobre a reforma política.


 


A proposta, defendida pela direção majoritária do PT e pelas alas de esquerda do partido, foi aprovada ainda na sexta-feira, durante as votações das teses guias do Congresso.


 


Mas Renato ponderou que esta proposta “não deve vir a frio”. “É necessário um trabalho de politização e conscientização da sociedade para que o povo possa compreender qual é o projeto de reforma política que nós queremos”, disse o presidente do PCdoB.


 


Entre as propostas comuns para a reforma política compartilhadas pelos dois partidos estão a questão da fidelidade partidária, o financiamento publico de campanhas eleitorais e o voto em lista.


 


Sobre a democratização dos meios de comunicação, Renato disse que a liberdade de imprensa no Brasil está realmente ameaçada. E explicou: “Ameaçada por uma mídia monopolizada que divulga sua versão dos fatos políticos, econômicos e sociais a partir de um pensamento único e de uma linha única e portanto isso é uma ameaça à liberdade de imprensa'', disse Renato.


 


O dirigente comunista defendeu a criação de uma rede pública de rádio e televisão ''que possa democratizar nossos meios de comunicação''.


 


''Estamos diante de uma luta política e ideológica de monta. Denunciamos, por que não somos ingênuos, que esta tentativa de crimalizar o PT e tentar atingir o governo Lula é uma jogada do maior partido da direita em nosso país, que é o partido da mídia. A tentativa deles é, através dos ataques ao PT, é atingir a esquerda, dizer que a esquerda não tem moral nem competência para governar. Querem desqualificar a esquerda e, quanto a isso, nossa solidariedade ao Partido dos Trabalhadores', completou Renato, sendo aplaudido pelos participantes do Congresso que, do plenário, puxaram a palavra de ordem ''O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo''.