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Agestado: CPI Abril-Telefônica será criada na próxima semana

“A vitória do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no julgamento que pedia a cassação de seu mandato no plenário da Casa fortaleceu na Câmara a criação da CPI proposta para investigar a compra da operadora de TV por assinatura, TVA, pela Telef

A nota, não assinada e sem citar suas fontes, assegura que os deputados ” passaram a defender a CPI como forma de fragilizar a imprensa e deixá-la na defensiva”. Atribui a iniciativa a “um sentimento de revanche contra a imprensa disseminado em algumas bancadas”. Nem sequer menciona o motivo do pedido – a denúncia de que a transação entre a Editora Abril e a Telefônica, no valor de R$ 922 milhões, violou o artigo 7º da Lei do Cabo de 1995, ao transferir para capitais estrangeiros o controle empresarial da TVA. Assevera ainda que Chinaglia é “contrário à CPI”.



Ainda assim, a nota da agência do Grupo Estado tem o mérito de quebrar o silêncio da grande imprensa sobre a CPI da Abril-Telefônica, nas três semanas desde que o pedido com 182 assinaturas foi entregue à Mesa da Câmara dos Deputados. Também sinaliza que, apesar do boicote, a Comissão afinal vai ser criada. Leia na íntegra o texto da Agência Estado:




“A vitória do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no julgamento que pedia a cassação de seu mandato no plenário da Casa fortaleceu na Câmara a criação da CPI proposta para investigar a compra da operadora de TV por assinatura, TVA, pela Telefônica. O discurso de Renan de que seu processo seria motivado pela disputa da mídia com o Legislativo foi absorvido por deputados que passaram a defender a CPI como forma de fragilizar a imprensa e deixá-la na defensiva.



A CPI foi proposta em uma operação de aliados do presidente do Senado em retaliação à revista Veja, editada pela Abril, que publicou reportagens revelando supostas irregularidades praticadas pelo senador e que serviram de base para os processos contra Renan no Conselho de Ética. Na Câmara, a proposta encontrou um sentimento de revanche contra a imprensa disseminado em algumas bancadas.



Contrário à CPI, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiou a criação da comissão para depois do julgamento de Renan no Senado na tentativa de diminuir o vínculo entre o processo e a CPI, ao mesmo tempo em que esperava a articulação de líderes para retirar o requerimento de tramitação. Chinaglia, no entanto, deverá ler o ato de criação da CPI na próxima semana.”



Da redação, com Agência Estado