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Colômbia reforça apoio à mediação de Chávez com as Farc

O embaixador da Colômbia na Venezuela, Fernando Marín Valencia, declarou nesta sexta-feira (14) que seu governo está apoiando a gestão do presidente Hugo Chávez em favor de uma troca entre reféns das Farc e guerrilheiros prisioneiros, e que espera “passos


O embaixador recomendou “esperar que se desenrolem os acontecimentos” e disse torcer para que “sejam positivos, para alcançar resultados concretos nesse processo”.



Chávez pretende dialogar com os líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para impulsionar a troca de reféns, depois do pedido de familiares de reféns das Farc, e com o apoio do presidente colombiano, Álvaro Uribe.



“Todos esperamos que haja uma alternativa para a situação que a Colômbia vive há muito tempo com sofrimento. Estamos apoiando essa mediação do presidente Chávez”, declarou o embaixador.



Divergências



Esse tom de expectativa do embaixador contrastou com as declarações que o chanceler Fernando Araújo deu nesta sexta-feira em Madri, dizendo que será seu governo quem “fará diretamente com as Farc qualquer negociação para a libertação” de reféns e guerrilheiros.



Ele acrescentou que “a participação de representantes de outros países”, como Chávez, “é feita com o propósito de facilitar o encontro entre representantes do governo e os porta-vozes do grupo guerrilheiro”.



Araújo reiterou a recusa de seu governo de uma reunião de Chávez com os líderes das Farc em território colombiano, uma possibilidade que o presidente venezuelano mencionou no último domingo, quando se declarou disposto a viajar “às profundezas da selva”, com a permissão das autoridades de Bogotá.



O chefe de Estado venezuelano mencionou essa possibilidade depois de informar que o líder máximo das Farc, Manuel Marulanda, comunicou que é impossível para ele ir até Caracas. O governo colombiano e as FARC dizem colaborar com a troca de reféns. O grupo guerrilheiro quer negociar uma zona de “desocupação” militar, mas o governo rechaça essa possibilidade.



Chávez advertiu reiteradamente a ambas as partes em conflito que deverão revisar posições “rígidas” se querem verdadeiramente que a troca de reféns se concretize.Além das advertências de hoje, Araújo havia previsto, dias atrás, em uma declaração em Bruxelas, o fracasso da intervenção de Chávez, ao afirmar que as Farc “não se importam” com o presidente venezuelano.



O governo francês segue com atenção particular esses fatos e apóia a gestão de Chávez, pois tem interesse na libertação de Ingrid Betancourt, a ex-candidata a presidente colombiana refém das Farc, porque possui também nacionalidade francesa.



Fonte: Ansa Latina