Ecetistas percorrem a Rio Branco e decidem manter a greve

O segundo dia de greve dos Correios no Rio de Janeiro foi marcado por uma passeata na Avenida Rio Branco, centro do Rio. Mais de 1.000 trabalhadores, que estavam concentrados na Candelária, caminharam até a Cinelândia. Na reunião de hoje a ECT não avançou

Os ecetistas pedem R$ 200 de aumento para todos os funcionários, mas a ECT ofereceu apenas 3,74%, o que só repõe a inflação do período. Antes da greve houve somente duas reuniões entre o Comando de Negociação e a direção da empresa, já em dois dias de greve, o presidente dos Correios finalmente recebeu os grevistas no dia 14.



“Os ecetistas, que levam de fato a empresa nas costas, são desprezados pela direção da empresa. O nosso salário é uma vergonha”, disse a secretária-geral do Sintect/RJ, Ana Zélia, que criticou ainda a disparidade salarial. Segundo a dirigente sindical, o salário mais baixo hoje é de R$ 750 e o mais alto passa de R$ 10.000.



A passeata também teve como objetivo esclarecer a população os motivos da greve. A direção dos Correios tem dito que o movimento só prejudica os clientes e que a adesão tem sido baixa. Entretanto, a ECT já deixou de enviar Sedex 10 e Sedex Hoje por falta de funcionários. O Sindicato informa que mais de 70% da categoria está parada e que as agências estão orientando os clientes a não postar carta porque não sabem quando irá chegar.



Em certo momento, os grevistas aproveitaram para vaiar o Bradesco. O banco tem acordo com os Correios através do Banco Postal, onde são feitas transações bancárias. Os trabalhadores reclamam de excesso de trabalho e a ocorrência de assaltos depois do convênio.