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Contra terceirização, Mantega defende admissão de servidores

O  ministro da Fazenda, Guido Mantega, somou-se à polêmica aberta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na véspera, defendendo a contratação de servidores públicos concursados. Ao chegar ao Ministério da Fazenda nesta terça-feira (2), Mantega cri

“Antigamente o Estado usava os terceirizados. Havia uma ocultação de servidores. A verdade era essa. Hoje você tem uma parte dos novos servidores que estão substituindo os terceirizados que eram usados no governo anterior”, explicou.  Em 2003, o governo federal fez um acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União) para substituir terceirizados por servidores efetivos. Ao todo serão cerca de 30 mil novas vagas.



“Até por obrigação legal”



O ministro disse que uma parte dos novos servidores está sendo contratada para substituir os terceirizados, “que eram usados no governo anterior (de Fernando Henrique Cardoso)”. Mantega disse que, “até por obrigação legal, o governo foi instado a fazer essa substituição”.



“Tivemos que substituir servidores terceirizados por servidores concursados. O que é bom porque são servidores de mais qualidade. São mais eficientes e adequados o cargo”, defendeu Mantega. O ministro destacou que o governo tem contratado novos funcionários também para substituir aposentados e para melhorar a eficiência do Estado. Lembrou que a maioria das contratações de novos servidores previstas na proposta de Orçamento da União para 2008 é destinada ao Poder Judiciário, e não ao Poder Executivo.



Lula: choque de gestão é gente qualificada



Na segunda-feira, foi o presidente Lula que questionou “a mania de achar que contratar gente é inchaço da máquina”, ao visitar a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio. Lula lembrou que, “num período não muito distante”, difundiu-se a falsa idéia de que todo servidor é marajá. Disse que o resultado são unidades de referência, como a Fiocruz, com funcionários mal remunerados.



“Passam para a sociedade a idéia de que é possível fazer um choque de gestão diminuindo o número de pessoas que trabalham. Na verdade o choque de gestão será feito quando a gente contratar mais gente qualificada e mais bem remunerada”, argumentou o presidente. “Se a gente quiser recuperar o atraso a que o Brasil foi submetido, nós vamos ter que contratar mais gente”, defendeu.



Da redação, com agências