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Bancos: parlamentar cobra audiência pública em defesa dos empregos

“Não aceitamos, de maneira alguma, o que aconteceu nos governos do PSDB e PFL, que privatizavam e colocavam as pessoas nas ruas sem qualquer respeito, utilizando o subterfúgio enganoso do Programa de Demissão Voluntária — PDV”, afirmou o deputado Chico Lo

O requerimento é de autoria do deputado cearense e da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e foi apresentado à Comissão de Defesa do Consumidor no sentido de discutir a junção do Santander e do ABN AMRO. “A audiência pública seria nessa semana que passou. A alegação do Banco Central e de outros organismos foi que não aconteceu ainda essa junção, portanto não poderiam atender aos pedidos dos deputados da Comissão de Defesa do Consumidor, tendo em vista que foi um convite e não uma convocação”, lamenta Chico.



 
O parlamentar apresentou o manifesto da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, ligada à CUT, que relata a mesma preocupação com a fusão dos bancos. “O mercado financeiro internacional foi surpreendido com o anúncio da formação de um consórcio de bancos, formado pelo escocês RBS, o espanhol Santander e o belga-alemão Fortis, com o objetivo exclusivo de disputar com o Barclays a compra do ABN”, diz o manifesto.



A preocupação dos trabalhadores e do comunista “está fundamentada no fato de que no Brasil não existem os mecanismos de proteção ao emprego utilizados pela maioria dos países europeus para enfrentar esses processos de fusões e incorporações, onde se garante no mínimo dois anos de empregabilidade e proteção social para que os trabalhadores possam buscar sua recolocação no mercado”.
O manifesto deduz que “parte considerável das 19 mil demissões anunciadas ocorrerão no Brasil, trazendo todos os conhecidos malefícios para os trabalhadores dos Bancos ABN Real, Santander e suas famílias”.


 


”Essa preocupação existe por parte dos trabalhadores da Confederação, mas a Constituição Federal assegura o direito de entrada de capital estrangeiro no país, desde que respeite as questões relacionadas ao trabalho e ao emprego. Portanto, queremos que o Banco Central tenha como norte o que está escrito em nossa Constituição”, afirma Chico.



De Brasília
Alberto Marques