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Pentágono culpa Blackwater por massacre em Bagdá

O Pentágono culpou mercenários da empresa de segurança americana Blackwater de abrir fogo indiscriminadamente em Bagdá, em um incidente que provocou a morte de 17 pessoas, revelou nesta sexta-feira (5) o diário The Washington Post.

De acordo com o jornal, que cita um militar de alto posto, os relatórios militares consideraram “excessiva e errônea” a reação dos mercenários contratados pelos Estados Unidos.



“Os civis que foram fuzilados não tinham nenhuma arma para ameaçá-los. E ninguém da polícia iraquiana ou das forças de segurança locais disparou contra eles”, assinalou a fonte, mantida no anonimato pelo jornal.



O Washington Post ressalta que as investigações do exército respaldam a versão do governo iraquiano, que acusou a Blackwater de iniciar o tiroteio.



Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado, anunciou esta semana que os guardas da empresea de mercenários envolvidos no incidente poderão enfrentar “procedimentos legais”.



Após o incidente, em 16 de setembro, o Pentágono iniciou uma revisão dos contratos com as empresas de mercenários que atuam no Iraque, comentou o Post.



O exércitou emitiu aproximadamente sete mil permissões para portar armas a agentes privados de segurança naquele país, mas parou com as autorizações até que as investigações estejam concluídas, assinalou o oficial, de acordo com o periódico.



A Câmara de Representantes aprovou na quinte-feira uma lei paliativa para o vazio jurídico que existe em relação aos militares privados que foram contratados no Iraque, enquanto o Birô Federal de Investigações (FBI) anunciou que vai investigar a Blackwater.



Por 389 votos contra 30, os deputados sancionaram uma iniciativa que autoriza a Justiça dos EUA a abrir processos legais contra as empresas subcontratadas pelo governo.



Segundo um relatório do Capitólio, a Blackwater envolveu-se em quase 200 incidentes com armas durante os últimos dois anos no Iraque.