Petrobras anuncia aquisições no valor de R$ 400 milhões

O outro negócio foi o acordo para a compra de 100% das ações da Usina Termelétrica Juiz de Fora, localizada no distrito industrial da cidade localizada em Minas Gerais.

Em comunicado, a estatal informou ainda que fez acordo com a Energisa, detentora da termelétrica, “para uso dos direitos sobre a comercialização de energia com as subsidiárias da vendedora localizadas na região Nordeste”. “O valor global dos contratos é de R$ 204 milhões”, informou a estatal.

Segundo a Petrobras, o leilão no golfo do México foi um dos “mais competitivos já experimentados na região”. Compareceram 73 companhias de óleo e gás, que concorreram por blocos localizados em águas profundas e ultra-profundas.

Dos 26 blocos arrematados, a Petrobras ficou com 100% de participação em 20 e será a operadora -empresa responsável pelos contratos e pela infra-estrutura de produção e exploração.

Os outros seis blocos foram arrematados em parceria com a norte-americana Devon Energy, dos quais dois serão também operados pela Petrobras, e quatro, pela sócia. As participações são de 50% para cada empresa.

Segundo a estatal, o objetivo foi “consolidar a sua posição nas áreas que são o foco de suas atividades no golfo do México, com destaque para as águas profundas e ultra-profundas”.

A Petrobras tem participações em três das mais importantes descobertas nas águas profundas da região, realizadas nos campos de Cascade, Chinook e Saint Malo. Os dois primeiros são operados pela Petrobras, que será a empresa pioneira tanto na produção do reservatório em águas ultraprofundas como na utilização de plataforma do tipo FPSO (navio de armazenamento, escoamento e produção simultâneos). O começo da produção está marcado para 2010.

Termelétrica

Segundo a Petrobras, a Termelétrica Juiz de Fora é uma usina a gás natural, com potência instalada de 87 MW, em ciclo simples. A Petrobras é proprietária de mais de dez térmicas.

A usina mineira possui contratos de venda de energia para fornecimento até 2022, e, segundo a estatal, “é importante peça para a melhor sinergia dos ativos da Petrobras na área de energia elétrica”.

A companhia anunciou na nota que manterá o mercado informado a respeito da conclusão da operação, que está sujeita ainda ao cumprimento de “condições precedentes” relativas às aprovações de órgãos reguladores.

“Na data da efetiva transferência da usina para a Petrobras, poderão ocorrer ajustes no preço da aquisição, fato comum nesse tipo de negócio”, afirmou a estatal.

Fonte: Folha de S.Paulo