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UNE convoca boicote ao Exame Nacional de Avaliação do MEC

Insatisfeita com as falhas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que até o momento implantou apenas um dos seus instrumentos, o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), a direção executiva da UNE convocou um boicote à p

Longe de achar que o Sinaes é modelo ideal, a UNE apoiou a sua criação por saber que ele trouxe, a partir de um conceito público de avaliação, novos marcos que romperam com a visão privatista e mercadológica representada pelo finado Provão, a tal prova aplicada a todos os formandos que resultava numa nota para a instituição que tivesse seus alunos melhores colocados no teste.


 


Um novo cenário ficou claro na proposta do Sinaes quando houve a mudança de foco, que deixou de ser o estudante e passou a ser todo o sistema: instituição, curso, estudante. Para fazer o novo levantamento, foram criados vários instrumentos de avaliação externa e interna, auto-avaliação, censos e o Enade, que substituiu o Provão.


 


O apoio da UNE, entretanto, sempre esteve condicionado à garantia de que o Enade não teria peso elevado na composição final da avaliação. A reivindicação evita o ranqueamento e a velha máxima de caráter punitivo dos governos anteriores, que simplesmente depositavam no colo dos estudantes toda a responsabilidade pela má qualidade dos cursos.


 


Insatisfeita pela não implementação dos outros instrumentos, a UNE promoverá campanha de boicote à próxima prova do Enade, dia 11 de novembro, para reafirmar as diretrizes contidas na proposta do Sinaes: a realização de uma avaliação plural, que leve em conta os diferentes agentes que compõem o ensino superior de forma transparente e participativa, garantindo que todos os segmentos da comunidade universitária participem do processo como sujeitos e não apenas como objetos. A entidade vai exigir ainda o fim da obrigatoriedade da prova e repudiar o vínculo da sua realização com a emissão do diploma.