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Chávez vislumbra PDVSA com mais de 100 mil funcionários

A empresa estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) terá no próximo ano 101.590 funcionários — mais de um terço dos quase 75 mil atuais. Quem anunciou o cálculo, na sexta-feira (5), foi o presidente do país, Hugo Chávez.

A PDVSA “vai saltar em força de trabalho, tanto própria como contratada”, de 74.918 da atualidade a 101.590 profissionais e técnicos em 2008, sustentou em discurso o presidente venezuelano.  Já em 2009 serão 113.831, enquanto no ano 2010 chegarão a quase 122 mil.


 


O aumento do número de funcionários visa cumprir os novos objetivos da estatal. Segundo o governante, entre as metas da empresa figuram aumentar a produção diária de 3,1 milhões de barris de petróleo; criar mais refinarias; aumentar a produção de gás; e criar instâncias filiais “populares e socialistas” que substituirão as contratistas internacionais.


 


O anúncio acontece três dias depois de os trabalhadores petroleiros e as autoridades acordarem um novo contrato coletivo. O pacto, no entanto, não contentou alguns sindicatos que reivindicam melhorias econômicas e sociais. No início da semana, as entidades protagonizaram incidentes com a polícia que deixaram dois homens baleados em instalações da PDVSA no leste do país.


 


Não eram registrados conflitos na PDVSA desde o início da década, quando Chávez demitiu cerca de 20 mil trabalhadores — o que representava a metade do quadro de funcionários da estatal. Na ocasião, o governante os acusou de sabotar equipamentos e poços durante uma greve nacional opositora que durou 63 dias, entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.