Costa Rica: referendo histórico pode barrar tratado com EUA
Mais de 2,6 milhões de eleitores costarriquenhos estão registrados para comparecer às urnas neste domingo (7) e decidir se o país vai aderir ao Tratado de Livre Comércio (TLC) entre a América Central e os Estados Unidos. Segundo as últimas pesquisas, esse
Publicado 06/10/2007 21:39
Os países que fazem parte do acordo são a Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Honduras e a República Dominicana. Para que o resultado seja válido, pelo menos 40% do eleitorado deve participar. Do contrário, a decisão passa ao Congresso.
Estão aptas para votar 2.654.627 pessoas maiores de 18 anos. Desse total 60% já declararam que pretendem participar no referendo, afirmam as pesquisas. Uma pesquisa da empresa Univer, para o jornal La Nación, publicada na quarta-feira, aponta 55% para o “Não”, contra 43% para o “Sim”.
O ministro da presidência Rotrigo Aris disse um dia depois que, além disso, uma pesquisa feita pelo governo marcou dois pontos a mais para o “Não”, sem divulgar mais informações. Por sinal, o TLC tem sido defendido principalmente pelo governo conservador de Oscar Arias (que pessoalmente assumiu a liderança da campanha), os partidos de direita e os setores organizados em diferentes câmaras e associações empresariais.
Já contra o tratado se encontra uma ampla aliança de forças sociais e políticas — sindicatos do setor público, sindicatos de camponeses, universidades, grupos ecológicos, setores da Igreja Católica, entre outros. A aliança afirma que o tratado afetaria a segurança social da Costa Rica, provocaria a privatização das telecomunicações e da área de seguros, além de comprometer a soberania nacional.
A votação acontecerá no domingo. Quase 45.000 fiscais designados pelos movimentos de “Não” e “Sim” acompanharão o processo de votação e a apuração dos votos. Segundo o Supremo Tribunal Eleitoral da Costa Rica (TSE), os primeiros resultados do referendo começarão a ser divulgados às 20h30 locais (23h30 de Brasília).