Brigada denuncia más condições de trabalho no RS
Policiais da Brigada Militar vão realizar na próxima quarta-feira (17), em Porto Alegre, uma manifestação para denunciar as más condições de trabalho da categoria. Os policiais vão sair do QG da Brigada Militar e se dirigir até o Palácio Piratini, onde
Publicado 14/10/2007 15:04 | Editado 04/03/2020 17:12
Segundo o presidente do Sindicato de Cabos e Soldados da Brigada Militar no Rio Grande do Sul (Abamf), Leonel Lucas, o objetivo da ação é chamar a atenção do governo do Estado para as necessidades dos trabalhadores. A Brigada Militar gaúcha recebe hoje o salário mais baixo do país. Além disso, o sindicalista acusa o Comando-geral da corporação de ameaçar os policiais que estão fazendo as reivindicações.
“Nosso objetivo é pedir que a governadora volte a matriz salarial, que o comandante-geral suspenda os dois expedientes que estão acontecendo hoje na Brigada Militar e também as manobras. O comando geral está fazendo ameaças, junto com o secretário, contra o nosso movimento”, diz.
Além dos pedidos de reajuste salarial e de regulamentação do horário de serviço, os trabalhadores querem que a governadora garanta a compra de novos equipamentos. Segundo Lucas, 60% dos brigadianos compraram seu próprio fardamento, pois o Estado parou de fornecer o material. Para ele, a situação dos policiais é crítica há alguns anos, mas piorou desde a posse do atual secretário de Segurança Pública, José Francisco Mallmann.
Lucas também critica a política de corte de verbas que a governadora Yeda Crusius vem impondo não somente à segurança pública, mas a outros setores básicos, como saúde e educação. Para ele, essa redução de investimentos só prejudica a população.
“Não se pode economizar em segurança pública. Segurança pública, saúde, educação são fatores que a governadora não pode fazer economia nenhuma. São vidas ali, especialmente com a segurança pública, que estão sendo lidadas. Hoje a Brigada Militar tem, em várias cidades, o brigadiano não tem um coturno, nem um fardamento para vestir. E ainda vai fazer mais cortes. Mais um pouco e não vai ter brigadiano fardado na rua”, destaca.
Só neste ano, 36 policiais militares já morreram em serviço.
Agência Chasque