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Cristina Kirchner se alia a quem 'não pensa como o governo'

Ao defender uma coligação promovida pela base aliada, a primeira-dama argentina e candidata presidencial, Cristina Fernández Kirchner , destacou neste sábado a convocação de dirigentes que “não pensam” como o governo. “É bom convocar quem pensa como nós,

Cristina fez seu discurso no encerramento do “Encontro pela Unidade Popular para aprofundar a Mudança”. Estava ao lado da deputada socialista chilena Isabel Allende, filha do presidente Salvador Allende (1970-1973). A 15 dias das eleições presidenciais, a candidata argentina defendeu a concertação (reconciliação política pós-ditadura), formada por peronistas, radicais e socialistas.


 


A senadora também comparou o processo de concertação do Chile com o da Argentina, o qual, segundo ela, “começou ao contrário” — já que “o governo começou com 22% dos votos e pôde abordar um processo de profunda transformação”. Cristina questionou: “Se fizemos tudo que fizemos, como não vamos poder abordar o aprofundamento da mudança?”


 


Favorita com ampla vantagem nas pesquisas, Cristina  ressaltou a união de peronistas e socialistas, diante do olhar de outro expositor, o atual vice-chefe de gabinete argentino, o socialista Jorge Rivas. Segundo uma pesquisa recém-divulgada, Cristina tem 44,4% das intenções de voto, seguida pela candidata de esquerda Elisa Carrió, com 13,1%.


 


Cristina definiu o atual governo como progressista, cujo presidente alcançou um “desendividamento inédito” no país. “Ninguém mais fala nem joga culpa no Fundo Monetário Internacional. Teve que vir um progressista à Argentina para governar com superávit fiscal e iniciar um processo de desendividamento inédito”, argumentou, a favor de Kirchner.


 


A deputada Allende manifestou apoio à candidatura da primeira-dama argentina e se mostrou satisfeita com a idéia que “uma mulher a cargo das mais altas esferas do governo”. Já Rivas afirmou que, pela primeira vez, o socialismo “foi convocado de um espaço político que, muito provavelmente, em termos quantitativos, não precisava da esquerda democrática para obter um sucesso eleitoral”.


 


“Essa é a evidência mais clara que o presidente da República Argentina convocou a esta Concertação Plural com a convicção de que esta construção política possa levar esse programa de reformas adiante, como todos desejam”, concluiu Rivas.