“Precisamos discutir um modelo de citricultura para região Centro-Sul”, afirma Tânia Soares.

A deputada estadual Tânia Soares (PCdoB) ocupou o expediente da Assembléia Legislativa, dia 15, para tratar da queda da produção de laranja no Centro Sul do estado. “É um assunto que venho discutindo com companheiros dos municípios de Cristinápolis, Umbaú

O tema preocupa a população da região Centro-Sul do estado. A parlamentar, que já debatia o problema com lideranças locais, citou a matéria publicada no Jornal da Cidade, caderno Municípios (14 e 15/10), intitulada “Boquim perde referência na produção de laranja”. Nela há a informação que a produção dos pomares de Boquim, considerada “a terra da laranja”, é atualmente desbancada por outros municípios da região. E que, hoje, Sergipe tem somente 50 mil hectares de laranjais.


 


Tânia Soares acredita que é necessário haver um controle sobre a cadeia da fruta, desde da qualidade da muda até a fase industrial. E ela defende um novo modelo de desenvolvimento da região para não repetir os erros das administrações passadas que pregava a “revitalização” de maneira fragmentária, dedica apenas na qualidade das mudas.


 


“Nós estamos presenciando o aumento da saca da laranja e, conseqüentemente, a produção de Sergipe deveria aumentar. Um dos fatores da melhoria no preço é a substituição da citricultura pela produção de etanol e a plantação de cana-de-açúcar no Centro-Oeste”, afirma a deputada. Essa migração de formas de plantio deveria ser um incentivador para agricultura nos municípios citricultores de Sergipe.


 


No entanto, um dos problemas ainda enfrentado pelos agricultores é pragas como minadouro e o CVC, conhecido popularmente como ‘amarelinho’. Elas atacam os pomares que não receberam a devida assistência técnica, em conseqüência, perda da produção e endividamento dos produtores.  A parlamentar propôs o debate sobre uma nova concepção de cadeira produtiva da laranja na buscar de alternativas para os problemas apresentados no Centro-Sul, juntamente com Governo do Estado, Secretaria de Agricultura, Deagro e citricultores da região.


 


Um dos pontos desta discussão é a monocultura. A parlamentar afirma que essa alternativa deve ser pensada de maneira criteriosa para não repetir erros históricos, como a escolha por um modelo que privilegiava o plantio de uma única cultura. “Devemos pegar essas experiências passadas e discutir transversalmente com todos envolvidos na produção da laranja. Qual modelo deve ser adotado, qual as conseqüências, quais produtos iremos produzir e para qual público. A partir dessa discussão trarei ações, propostas dos órgãos governamentais e dos citricultores, na tentativa de aprofundar essa questão”, encerra Tânia.