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ONU renova força no Haiti por mais um ano

O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta segunda-feira (15)  renovar por um ano o mandato da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) e reconfigurar suas forças para que passem também a combater o tráfico de armas e de dr

A Minustah, liderada pelo Brasil, chegou ao Haiti em 2004 com a missão de estabilizar o país após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide, que se seguiu a violentos protestos de rua. Em fevereiro de 2006, os haitianos elegeram René Préval presidente, mas por decisão do CS da ONU a missão continuou no país, tomado por uma onda de crimes de gangues e seqüestros que só recentemente arrefeceu.



Com 1.200 homens, o Brasil lidera militarmente a missão, da qual participam , entre outros, Chile, Argentina, Uruguai e Canadá. Em setembro, o ministro Nelson Jobim (Defesa) esteve no Haiti e chegou a discutir a possibilidade de aumentar o efetivo para atuar na reconstrução da infra-estrutura do país, o mais pobre da região.



A decisão desta segunda-feira, unânime, amplia as incumbências da missão. Embora a resolução aprovada cite “melhora significativa” na segurança, ela ressalta que “o tráfico internacional de drogas e de armas continua a afetar a estabilidade” haitiana.



Esta é a primeira vez que o mandado da Minustah é renovado por um ano – até então ele vinha sendo renovado a cada seis ou oito meses, apesar dos pedidos do Brasil por uma renovação mais longa. A China, dona de poder de veto no CS, se opunha à missão porque o Haiti reconhece a independência de Taiwan, que Pequim tem como Província rebelde.



O texto aprovado adota a recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para reduzir o contingente da Minustah em 140 homens, para 7.060 soldados. A infantaria será reduzida, e a força policial da missão, aumentada para 2.091 homens. A ênfase é a fronteira: segundo a resolução, a extensa costa haitiana, com seus desprotegidos portos e pistas clandestinas de pouso, é um convite a traficantes de armas e drogas.



Fonte: Folha de S.Paulo