A Cesar o que é de Cesar: chuvas transformam em caos a vida do carioca
A quarta-feira (24) não foi como o carioca gosta. A cidade amanheceu sob chuvas intensas, que transformaram as ruas em um caos de lama e água. Mais uma vez ficou confirmado que a capital, com 16 anos de administração Cesar Maia, não está preparada para
Publicado 24/10/2007 20:49 | Editado 04/03/2020 17:05
No Túnel Rebouças, principal ligação entre a Zona Sul e a Zona Norte, houve um grande deslizamento de terras ainda na noite de terça-feira (23). A Prefeitura ampliou a reabertura do túnel de 48 horas para uma semana. Um dos motivos para a queda de cerca de 100 toneladas de terra seria o avanço das casas no morro, o que o prefeito negou. A Prefeitura limitou-se a aconselhar às pessoas a ficarem em casa.
A chuva forte tem causado vários transtornos no trânsito, que encontra-se caótico desde o começo da manhã, quando as pessoas começaram a sair para o trabalho. A Avenida Brasil, que costuma engarrafar em horários de pico, parou quase que completamente. Muitos passaram mais de três horas dentro dos ônibus por causa do engarrafamento. No Catete, a água chegou a um metro de altura na Rua Pedro Américo e invadiu a 9ª DP. Os carros foram abandonados no meio da rua. A Supervia teve que aumentar o intervalo dos entre os trens.
Vários rios da cidade, como o Maracanã, transbordaram. Bueiros, ao invés de escoar a água, também transbordaram, deixando as ruas cheirando a esgoto e expondo as pessoas à Leptospirose. A previsão é de que o tempo só melhore na sexta-feira (26).
Para o vereador Roberto Monteiro (PCdoB), esse caos é culpa direta da Administração Cesar Maia: “depois de 16 anos de administração Cesar Maia, a cidade continua não resistindo a uma forte chuva sem entrar em colapso. O prefeito passo muito tempo bolando seus factóides e pouco tempo debruçado sobre problemas básicos da cidade, como por exemplo, cuidar da rede de esgotos”.
R$ 1,00 para atravessar
O centro do Rio, que recebe diariamente, milhares de trabalhadores, foi um dos locais mais atingidos. Além da forte chuva, as pessoas enfrentaram ruas alagadas e atravessaram com os pés debaixo d’água. Uma cena inusitada foi presenciada pelo Alerta Rio, os camelôs deixaram de montar suas barracas e improvisaram carrinhos para levar as pessoas de um lado para o outro sem se molhar. Preço: R$ 1,00. O trabalho não foi pouco.
Estado
Em outros municípios do estado, as chuvas também castigaram a população. Em Mesquita, na Baixada Fluminense, uma criança morreu com a queda de uma laje. A prefeitura decretou estado de emergência. Em Nova Iguaçu, a Defesa Civil resgatou alunos que ficaram ilhados no bairro Chatuba. Em Duque de Caxias, 60 pessoas ficaram desabrigadas.