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Espionagem dos EUA lista 755 mil como terroristas

A lista de pessoas suspeitas de terrorismo em poder dos serviços de espionagem dos Estados Unidos reúne nos dias de hoje cerca de 755 mil pessoas, número que, longe de gerar confiança nos aparatos de espionagem, carecem de credibilidade.

Na opinião de congressistas, especialistas em segurança e advogados defensores dos direitos civis, a lista incluiu quase 200 mil nomes por ano desde 2004, tamanho que a faz inútil ao incluir tanta gente, destacou a edição desta quarta-feira do diário USA Today.



O registro, entre outros objetivos, é utilizado nos controles de entrada no país por terminais aéreos, portos e passagens terrestre de fronteira.



''Isso mina a autoridade da lista'', assegurou Lisa Graves, do Centro de Estudos de Segurança Nacional. ''Não é racional uma estimativa com tantos suspeitos de terrorismo em qualquer parte'', enfatizou.



Ao mesmo tempo, o Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO, na sigla em inglês), órgão fiscalizador do Congresso, qualificou de ''incerto'' o número de pessoas etiquetadas como terroristas, já que vários nomes podem ter sido incluídos mais de uma vez, por conta de erros de digitação.



Mais de 53 mil nomes na lista foram questionados desde 2004, de acordo com o GAO, que afirma que o Homeland Security Department não manté arquivos de quantos tiveram a entrada no país negada ou permitida após terem questionado a inclusão. A maioria foi aparentemente apagada e permitida a entrar no país, afirma o GAO.



Leonard Boyle, diretor da divisão do FBI que ''administra'' a lista, disse em uma audiência realizada nesta quarta-feira que ''296 estrangeiros tiveram entrada negada no país no ano fiscal de 2006''.



O aumento galopante dos integrantes da lista acendeu luzes de alerta nas organizações de direitos civis.



''Eles estão rapidamente atingindo a marca do milhão de terroristas, uma marca bastante distinta, porque a lista já é absurda e está se próxima de se tornar inútil'', critica Tim Sparapani, da American Civil Liberties Union (ACLU).