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Lupi e centrais pressionam Senado contra emenda patronal

Acompanhado de dirigentes de centrais sindicais, senadores e deputados, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, visitou nesta quarta-feira (24) o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), para pedir a restauração da obrigatoriedade da contribu

A emenda que derrubou a contribuição obrigatória foi aprovada no bojo de projeto que regulamenta as centrais sindicais. Os deputados decidiram tornar facultativa a contribuição, considerada indispensável à sobrevivência de muitos sindicatos. Se o Senado confirmar a mudança, o trabalhador vai precisar autorizar o desconto da contribuição em sua folha de pagamento. Deputados ligados aos trabalhadores, como Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Vicentinho (PT-SP), integraram o grupo que visitou Tião Viana.

Para Lupi, ''não é de justiça''

O conteúdo patronal da proposta, de iniciativa do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), ficou explícito: tanto que a emenda mantém o imposto sindical para as organizações patronais. O ministro do Trabalho comentou que só tiraram a contribuição obrigatória dos trabalhadores, não a dos patrões.

''Nosso objetivo é agilizar, no Senado, a votação de um projeto que, na Câmara, recebeu duas emendas que não eram parte do acordo entre as centrais sindicais. Nós estamos solicitando aos senadores que suprimam essas emendas, até porque não é de justiça a gente ter uma parte só da arrecadação punida. Só da parte dos sindicatos de trabalhadores é que se retiraram os impostos. Da parte patronal, não'', destacou o Carlos Lupi.

''Um golpe na calada da noite''

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), também deu entrevista anunciando que as centrais sindicais estão trabalhando intensamente pela mudança do projeto. Ele disse que, nos estados, os trabalhadores procurarão os senadores em quem votaram para pedir a mudança.

''O que houve na Câmara foi um golpe dado na calada da noite ou no meio do jogo do Brasil. As pessoas nem sabiam o que estavam votando. Nós pretendemos, no Senado, explicar a cada líder partidário e a cada um dos senadores o que aconteceu. É preciso que todos entendam os problemas que virão se esse projeto for mantido como veio da Câmara. Porque ao acabar com o imposto sindical, você destrói toda a estrutura sindical do país – destacou o presidente da Força Sindical.

Com informações da Agência Senado