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Obras para Jogos Olímpicos não sofrem atrasos em Pequim

Em seu espaço dedicado às Olimpíadas de Pequim, o portal Terra publicou na terça-feira (23) uma entrevista com Lin Xiangyi, vice-diretor do departamento de administração do Comitê Organizador dos Jogos. A China deve receber nos próximos Jogos Olímpicos

Na entrevista, discorrendo sobre as obras, Lin revela um dos principais aspectos da China: “a razão pela qual conseguimos ter agilidade e qualidade é por sermos um país socialista, no qual o interesse da maioria está acima de qualquer interesse individual”.



O repórter do Terra conta que Lin “chega a ficar com os olhos marejados ao falar orgulhosamente da maneira como ainda se defende os ideais de Mao Tsé-tung”.



“Não quero falar mal de outros países. Vou dizer apenas o que fazemos aqui em Pequim. No processo das construções, a razão pela qual conseguimos ter agilidade e qualidade é por sermos um país socialista, no qual o interesse da maioria está acima de qualquer interesse individual”, disse Lin ao repórter Allen Chahad.



Confira os principais trechos da entrevista:



Terra — Normalmente as cidades que organizam Jogos têm problemas com prazos de entregas de novas obras. Pequim também passa ou passou por isso?



Lin Xiangyi — De acordo com o meu conhecimento não há nenhuma obra que será utilizada como espaço de competição para os Jogos que tenha qualquer tipo de atraso. O Comitê Olímpico Internacional está muito satisfeito com o andamento das construções. Pelo que sei, todas as obras serão finalizadas até o final deste ano, com exceção do Ninho de pássaro, que será finalizado em março do que vem. O Ninho de pássaro (apelido do Estádio Olímpico) receberá uma competição em abril do ano que vem e acredito que não teremos problema algum.



Qual é o segredo?



Não quero falar mal de outros países. Vou dizer apenas o que fazemos aqui em Pequim. No processo das construções, a razão pela qual conseguimos ter agilidade e qualidade é por sermos um país socialista, no qual o interesse da maioria está acima de qualquer interesse individual. Portanto, na transferência de recursos, temos maior rapidez e poder de decisão. Posso dizer que o que a China e Pequim querem fazer nós conseguimos.



Essa maneira de ser e executar é algo que querem mostrar ao mundo trazendo as Olimpíadas para Pequim?



Nós queremos provar para o mundo que nós podemos. Queremos que o mundo nos conheça e temos uma necessidade muito grande disso. Ao mesmo tempo, também queremos conhecer o mundo. Através dos Jogos queremos absorver todo o espírito da Olimpíada e queremos transmitir todo o conhecimento e valor da China antiga. Muitos países do mundo têm experiências avançadas e valiosas, queremos vê-las e absorvê-las.



Existe alguma resistência neste processo todo?



Do meu conhecimento, não há um só cidadão de Pequim que não queira mostrar a China desta maneira. Inclusive, o povo de Pequim está envolvido na maneira como será feita a recepção aos estrangeiros. Também estamos tentando acabar com os maus costumes. Durante a Olimpíada, estaremos melhor preparados.



O que deu mais prazer e orgulho até agora na organização dos Jogos?



O fato de os Jogos serem realizados em Pequim. É um grande evento mundial. A oportunidade de estar envolvido já é motivo de grande orgulho para mim. Estou oferecendo a minha capacidade máxima para o meu próprio país. Em segundo lugar, o time com o qual estou trabalhando aqui no Comitê Organizador é de excelente qualidade. Estamos aprendendo muito com os outros e fazendo grandes amizades. Em terceiro lugar, nesse grande processo, aumentei enormemente meus conhecimentos. É uma grande satisfação de vida.



Fonte: Terra