Servidor teme que iniciativa privada controle Fase

A governadora Yeda Crusius pode repassar a gestão do regime de semi-liberdade da Fundação de Atendimento Sócio-Educativa (Fase) para uma organização não-governamental. A parceria prevê que o Estado realize pagamentos para uma ONG ficar com a responsabi

No entanto, a idéia é criticada pela presidente da Associação dos Funcionários das Fundações Estaduais de Proteção Social e de Atendimento Especial Sócio-Educativo (Afufe), Elizabeth Arruda. Ela denuncia que a presidente da Fase, Liliane Saraiva, está hoje afastada por que a ONG que também dirige, a Cededica, de Santo Ângelo, assumiria a gestão da Fase. Para ela, a parceria é irregular porque não considera a semi-liberdade uma parte da internação. Além disso, vai trazer prejuízos para a sociedade e para a educação dos jovens.


 


“Além de ilegal, eu vejo como uma forma de excluir do serviço público tarefas da área social que são de importância para toda a sociedade gaúcha. Porque, além de diminuir postos de trabalho, eles vão dar trabalho a outros por um preço vil”, diz.


 


De acordo com Elizabeth, em São Leopoldo, as entidades que fizeram parcerias semelhantes com o governo do Estado chegam a pagar aos seus funcionários um terço do salário dos servidores da Fase. Ela também conta que a falta de recursos já está afetando a infra-estrutura da fundação.


 


“A Fase está com superlotação, exceto em duas unidades do interior. A situação é caótica, porque onde é pra acolher um menino tem acolhido cinco, e o número de trabalhadores não cresce na proporção exigida”, afirma.


 


Segundo Elizabeth, as salas de aula da fundação estão sendo diminuídas para dar lugar a dormitórios, em função da superlotação. Além disso, falta material de higiene, como pasta de dente e papel higiênico, e roupas e cobertores.


 


Nesta quarta-feira (24), funcionários da Fase e de outras fundações estaduais vão promover um dia de paralisação e protestos contra as políticas do governo do Estado. Pela manhã, os trabalhadores vão formar três marchas. A primeira, em defesa do meio ambiente e da extensão rural, vai sair da Fundação Estadual de Proteção Ambiental. A segunda, pela geração de emprego e renda, irá sair do Sine. Já a terceira, pela inclusão social, vai sair da Fase. As três marchas vão se encontrar no Largo dos Açorianos, à tarde, para um novo ato.


 


 


Agência Chasque