UJS e Unimontes realizam seminário sobre os 90 anos da Revolução Russa

Com cerca de 150 participantes por dia, o evento discutiu e relembrou o aspecto político, econômico e ideológico da primeira experiência socialista da história. A abertura, no dia 22, contou com presenças como a do deputado estadual Carlin Moura, do PCdoB, o Diretor do Centro de Ciências Humanas da Unimontes, Professor Mércio Coelho, o Professor José Roberto, chefe do departamento de Filosofia da UNIMONTES e o vereador de Montes Claros pelo PCdoB Lipa Xavier.

 

 

Participaram das atividades, dirigentes e militantes da UJS, representantes dos movimentos sociais e de acadêmicos das instituições de ensino superior de Montes Claros.

 

 

Teoria revolucionária

Após a cerimônia de abertura, o debate sobre o Significado da Revolução Russa para a Humanidade se iniciou com a apresentação do Professor do Departamento de Política e Ciências Sociais Lúcio Flávio que deu ênfase no referencial teórico utilizado na Revolução e nas condições socioeconômicas da população russa naquela época, além de discorrer sobre a mais-valia e o materialismo histórico.

 

 

Já o Deputado Carlin Moura explicou sobre o novo modelo utilizado ou adaptado por Lênin para chegar à revolução, ou seja, o processo de elos e a política econômica utilizada por ele para desenvolver um país semifeudal que se tornou uma das maiores potências do mundo.

 

Segundo dia

Aspectos econômicos da construção do socialismo na União Soviética

 

No dia 23, o aspecto econômico foi abordado por dois debatedores com diferentes visões: Sérgio Danilo Miranda do Instituto Maurício Grabois e o Professor Marcos Fábio Martins de Oliveira do Departamento de Economia. Sérgio Danilo discorreu sobre a miséria e a deficiência econômica em que a Rússia estava envolvida na época da revolução, e afirmou que “essas condições deixavam a população a deriva do sistema, sendo massacrada e não tendo condições mínimas de sobrevivência”.

 

 

Os processos econômicos utilizados pelos governos soviéticos para concretização do socialismo, bem como a NEP e os planos qüinqüenais, além da necessidade que as potências capitalistas tinham, em “sufocar” o que eles chamavam de “perigo vermelho” e as táticas econômicas utilizadas pelos países imperialistas para tentar frear o crescimento econômico soviético, foram também abordados por ele.

 

 

Já o Professor Marcos Fabio deu enfoque na questão econômica capitalista e na mais-valia, analisando também os vários governos soviéticos, dando importância ao processo de industrialização pesada que ocorreu na União Soviética. Citou ainda processos equivocados, do seu ponto de vista, como os planos econômicos soviéticos e a questão da qualidade de vida do povo naquela época. Marcos Fábio fez ainda considerações sobre a queda do muro de Berlin e o fim da URSS. Após a intervenção inicial dos debatedores, diversas perguntas surgiram dos participantes, apimentando ainda mais o debate.

 

Encerramento

Socialismo hoje e atualidade do marxismo

 

 

O Seminário se encerrou no dia 24 com a presença do Professor Anelito de Oliveira do Departamento de Comunicação e Letras e do Professor do Departamento de Filosofia José dos Santos Filho abordando a importância do marxismo e a luta pelo socialismo hoje.

 

 

O Professor José dos Santos conceituou o marxismo e sua relação com a “construção do eu”, e apresentou sua opinião sobre a alienação e a coisificação do homem. O Professor Anelito apresentou  a evolução do socialismo de sua gênese aos dias atuais. O debate contou ainda com a presença do Professor do Departamento de Política e Ciências Sociais Antônio Maciel, o que enriqueceu ainda mais o encerramento do Seminário.

 

 

O Presidente da UJS de Montes Claros, José Lousada Neto, celebrou o sucesso do evento afirmando que “esse Seminário marca a retomada da discussão sobre o socialismo em nossa Universidade. A UJS sai dessa atividade renovada em seus princípios, pronta para encarar os desafios que virão”.

 

 

De Montes Claros, 

Helmer Oliveira e Ramon Fonseca,