Putin adverte exército para eventual guerra em grande escala
O presidente da Rússia, Vladímir Pútin, disse durante uma reunião de comandantes militares na última semana que as forças armadas do país deverão elevar o nível de preparativos bélicos de suas forças estratégicas para poder ''dar uma resposta rápida e apr
Publicado 23/11/2007 17:07
Segundo ele, a Rússia dará continuidade ao seu trabalho de atualizar as armas das forças de Terra, Mar e Ar, trocando-as por novas gerações de armas, para eliminar no ''período inicial'' as ameaças à segurança nacional.
Anatoly Serdyukov, que falou pela primeira vez na reunião como ministro da Defesa, apresentou um relatório mais concreto. Foi proposto converter o ministério da Defesa em uma ''instituição ágil e fortemente adaptável'' por meio do aperfeiçoamento do número fixo de pessoal e da reorganização dos departamentos centrais. Uma das medidas preliminares é criar o posto de vice-ministro da Defesa, elevando até sete o total de vice-ministros.
''A Rússia se propõe a realizar no próximo ano os exercícios estratégicos militares denominados ''Estabilidade 2008''. As forças armadas empregariam dois meses de seu tempo para fazer exercícios de como eliminar os conflitos armados no território russo. Os exercícios serão destinados principalmente a exercitar o desdobramento estratégico das forças de Terra, Mar e Ar, pois há muito tempo que não se realizam exercícios de tal magnitude. Tal exercício não serve para enfrentar conflitos parciais, mas sim uma guerra de grande escala'' advertiu Serdyukov.
Elevar a classe de alerta nuclear
De acordo com o que informou o diário britânico Times, por meio de sua página web, o presidente Pútin acusou no último dia 20 de novembro o Pacto Militar do Atlântico Norte (OTAN) de constituir uma ameaça à segurança da Rússia e ordenou às forças armadas do país que elevasse a classe de alerta das armas nucleares estratégicas do país.
Pútin fez estas declarações em um momento que a Rússia reconhece que se retirará em 12 de dezembro do Tratado de Limitação de Armas na Europa. O presidente russo decidiu exercer pressão sobre a Otan. Os EUA elaboraram um plano de estabelecer sistemas de defesa antimísseis na Polônia e na Tchéquia. Pútin tratou de fazer com que os membros da União Européia se coloquem em posição desfavorável ao plano americano.
A Rússia também se ressente das perspectivas de extensão da Otan no rumo leste. A Geórgia, a Ucrânia e o Azerbaijão, antigas repúblicas da União Soviética, estão prestes a se incorporar à Otan, de maneira que a maioria das áreas fronteiriças ocidentais da Rússia pertencerão a países membros do Pacto Militar chefiado pelos Estados Unidos.