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França fecha acordo para vender tecnologia nuclear à China

A primeira visita à China do presidente da França, Nicolas Sarkozy, resultou nesta segunda-feira (26) em um acordo para vender tecnologia nuclear francesa ao país asiático com contratos no valor de US$ 11,88 bilhões para a construção de duas usinas nuclea

O documento foi assinado na presença do presidente chinês, Hu Jintao. Pelo acordo assinado pela companhia francesa Areva, a China Guangdong Nuclear Power Corporation (CGNPC), principal elétrica chinesa, instalará dois reatores nucleares de terceira geração EPR, a primeira tecnologia nuclear estrangeira a entrar na China após a norte-americana.



A CGNPC se compromete a comprar 35% do urânio da filial da Areva UraMin em virtude do acordo, que permite a cooperação entre as companhias durante todo o ciclo do combustível necessário para o funcionamento das centrais.



Em dezembro de 2006, a Areva tinha ficado deslocada na disputa pelo fornecimento de reatores de terceira geração à China frente à americana Westinghouse na reunião bilateral da associação estratégica de Estados Unidos e China, realizada em Washington.



Além de integrantes do governo que acompanham Sarkozy na visita, cerca de 40 empresários franceses fazem parte da delegação, entre diretores da Airbus e de sua matriz, a EADS, e do grupo Areva, assim como responsáveis de empresas como Alcatel, Alstom e Danone.



Acordos de cooperação



A visita de Sarkozy ocorre poucos dias antes da cúpula anual entre China e União Européia, em 28 de novembro, e na qual se tentará concretizar o acordo para as relações dentro da associação estratégica que mantêm e que ainda são regidas pelo assinado em 1985.



Durante a reunião entre Sarkozy e Hu, o presidente chinês disse que as relações entre os dois países alcançaram uma nova etapa, com diálogos estratégicos e confiança política mútua.



Hu propôs aumentar a cooperação em quatro pontos específicos: relações políticas, cooperação multilateral, cooperação econômica e comercial, e intercâmbios culturais.



Após as conversas, os presidentes concordaram em publicar uma declaração conjunta sobre a mudança climática e presenciaram a assinatura de documentos de cooperação em proteção ambiental, energia nuclear, aviação civil, comunicação, educação, saúde e investimentos, entre eles os da Areva e Airbus.



Da redação, com informações da Efe