Assembléia do Cpers discute educação pública
Os projetos da governadora Yeda Crusius e a situação precária da
educação no Estado vão estar entre as pautas da Assembléia Geral do
Sindicato dos Professores Públicos Estaduais (Cpers/Sindicato). O
encontro vai ser realizado nesta sexta-feira (30), no
Publicado 27/11/2007 21:49 | Editado 04/03/2020 17:12
A presidente da entidade, Simone Goldschmidt, afirma que os trabalhadores vão discutir a conjuntura atual. Em especial, a derrota do Pacote Econômico do governo na Assembléia Legislativa e projetos que ainda estão tramitando, como o Fundo Previdenciário e a capitalização. Além disso, o encontro deve definir as próximas ações da categoria.
“Estaremos discutindo a mobilização para o final deste ano e início do ano que vem para forçar o governo a negociar a pauta de reivindicações que o Cpers/Sindicato que até agora nós não obtivemos êxito neste item, não conseguimos fazer com que o governo viesse a negociar conosco”, diz.
Nas discussões, também vai estar o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers) e a Caravana em Defesa da Educação Pública, que percorreu o Estado entre 28 de Agosto e 22 de Novembro. Para Simone, a Caravana foi determinante para alertar a população sobre os efeitos negativos do projeto político e econômico do governo do Estado.
“Essa caravana tinha como objetivo iniciar a discussão com mais profundidade do projeto que vem sendo implementado no Estado de desmonte daquilo que é público, da entrega do público para o privado”, afirma.
Para o ano que vem, não está prevista uma nova Caravana. No entanto, Simone não descarta a sua realização, pois avalia que as perspectivas para a educação em 2008 não são as melhores. De acordo com a sindicalista, as escolas têm cada vez menos autonomia para tomar as suas decisões. Ela cita o caso da formação das próximas turmas, que no ano que vem vai ficar a cargo das Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) e não mais da direção de cada escola.
“Infelizmente, nós não temos grandes expectativas em relação às iniciativas do governo. Nós sabemos que poderemos ter uma melhora nas condições das nossas escolas, condições de trabalho e condições de desenvolvimento da aprendizagem dos nossos alunos a partir da nossa mobilização, a partir da nossa pressão e da sociedade junto ao governo do Estado”, diz.
Depois da Assembléia, os trabalhadores vão participar da 12ª Marcha dos Sem, organizada por diversas entidades sindicais e sociais.
Agencia Chasque