Oposição cria impasse na CPI das ONGs
Com sessão tumultuada, a CPI das ONGs (organizações não-governamentais) do Senado deixou de votar, nesta terça-feira (27), 37 requerimentos que pediam a convocação e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de dirigentes de entidades. Segundo o
Publicado 27/11/2007 18:55
Sibá explicou que muitos requerimentos estavam abertos. Ele acha que os senadores direitistas fazem isso na esperança de que possa aparecer alguma irregularidade ou mesmo falar que está investigando ONGs ligadas ao Governo.
O senador petista lembra que os opositores da direita já se comportaram da mesma forma em outras CPIs, como é o caso da CPI dos Bingos, que ficou conhecida como CPI do fim do mundo, “porque não tinha paradeiro, não tinha rumo”.
“Que ela [CPI das ONGs] se prenda ao seu verdadeiro objetivo”, fala Sibá. Ele acha que se realmente tiver motivos que justifiquem uma investigação, nós faremos de bom grado, a exemplo dos 20 requerimentos que nós concordamos que sejam votados por unanimidade”.
“A natureza do senador Álvaro Dias [PSDB-PR] é de ficar atirando para todos os lados”, diz Sibá. Segundo ele, essa atitude transforma qualquer CPI numa ação para ficar rasgando imagem de pessoas e instituições. O senador explica que como a direita não têm maioria na CPI, “eles não podem fazer isso. Temos condições de controlar melhor, para que ele [Álvaro Dias] não faça ‘vandalismo’, como ele já fez contra o presidente da Fundação Banco do Brasil”, repudia o senador acriano.
De Brasília
Alberto Marques