Brasileiros realizam ato de apoio ao processo boliviano

A iniciativa inspirou-se no 2º Fórum Humanista Latino-americano, realizado nos dias 23, 24 e 25 de novembro, na cidade de La Paz, na Bolívia.

O Fórum declarou o apoio dos brasileiros e dos latino-americanos ao processo de transformações sociais, culturais e políticas pelo qual passa a Bolívia.

Em busca de contribuir para que essa caminhada avance da melhor maneira é que o movimento realizará o ato no sábado.

“O Movimento Humanista expressa seu total apoio à nova Carta Magna Boliviana e parabeniza o povo da Bolívia por seu exemplo de valentia para seguir rumo a um novo caminho com inclusão, justiça e liberdade, em defesa da Humanidade”, diz o convite para o ato.

A atividade é organizada dentro da perspectiva de integração dos povos do continente e também pretende oferecer apoio às demais nações latino-americanas que demonstram ter o objetivo de recuperar seus recursos naturais e, sobretudo, resgatar a dignidade de seus povos.

“A intenção maior da iniciativa é fazer com que a população brasileira, e de outros países, tomem conhecimento do surgimento de uma nova forma de civilização, capaz de atrair muitos olhos e corações esperançosos e interessados em expressar, por meio de múltiplas ações e campanhas, sua solidariedade com seus irmãos bolivianos”, conclui o convite.

Kantuta, um pedaço de Bolívia

Em São Paulo, a Bolívia fica na praça Kantuta, todo domingo, das 11h às 19h, onde acontece uma feira promovida pelos bolivianos que residem no Brasil. Malhas, programas de tv, comidas típicas: toda Bolívia está na praça. Duas mil pessoas visitam a Kantuta a cada domingo, e cerca de 90% delas são bolivianas, entre nativos e descendentes.

Segundo estimativa da Pastoral do Migrante Latino-Americano, há 200 mil bolivianos vivendo na capital paulista. Eles se encontram na praça aos domingos e se divertem ao reviver um pouco dos costumes de seu país.

Quem administra a feira é a Associação Gastronômica Cultural e Folclórica Boliviana “Padre Bento”, sustentada pelos próprios feirantes e por empresas ligadas, sobretudo, ao transporte Bolívia-Brasil.

Em 2001 a feira acontecia na praça Padre Bento, mas com grande movimento, a partir de 2002, ano de fundação da Associação, ela passou a acontecer na Kantuta, entre as ruas Pedro Vicente, Carnot e das Olarias.

A praça foi batizada de “Kantuta” em homenagem ao nome da flor que cresce no altiplano andino e que tem as cores verde, amarelo e vermelho, as mesmas da bandeira da Bolívia.

O evento dominical é legalizado e hoje são 90 barracas (em dias de festa, até 3 mil comparecem) que ocupam a praça todos os domingos. De acordo com Wilson Ferreira, presidente da Associação e dono de uma das barracas, a partir de 2007 o endereço estará no guia municipal de ruas da cidade.

O Movimento Humanista

A Comunidade é uma organização social e cultural sem fins lucrativos que adere à corrente de pensamento conhecida como Novo Humanismo. A Comunidade é a frente social e cultural do Movimento Humanista atualmente em desenvolvimento em mais de 109 países.

Devido ao aumento da violência em todas suas formas, a crescente desumanização e à desorientação que afetam às pessoas, aos grupos e às instituições em geral, a Comunidade propõe a transformação simultânea do indivíduo e seu meio imediato com o objetivo de construir uma nova sociedade e um novo mundo, tratando de criar condições para uma mudança de consciência nos seres humanos.

A Comunidade atua em duas grandes áreas de interesse. Primeiro, na difusão e promoção de todo tipo de atividade social e cultural que se enquadre dentro de sua proposta. Segundo, na formação de voluntários que queiram construir um novo mundo, solidário e não violento. A Comunidade para o desenvolvimento humano organiza, divulga e gera atividades que favoreçam o desenvolvimento pessoal e social em diferentes localidades, países e regiões do mundo.

Serviço

Ato de apoio ao povo bolivariano
Dia: 09/12
Local: Praça Kantuta (próximo a estação de metrô Armênia – linha azul)
Altura do nº 625 da Rua Pedro Vicente, bairro do Pari, São Paulo (SP). De transporte público desça na estação Armênia, saída para a rua Pedro Vicente. A praça da Kantuta está a 700 metros. De carro, vá pela Avenida Cruzeiro do Sul, sentido bairro, e vire à direita na rua Pedro Vicente.
Horário: das 15h às 18h