Professores demitidos da Fumec pedem apoio da Assembléia de Minas
Representantes dos 14 professores do curso de Comunicação Social da Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), demitidos no dia 27 de novembro, pediram a intervenção dos deputados da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assem
Publicado 05/12/2007 18:41 | Editado 04/03/2020 16:52
O presidente da comissão, deputado Deiró Marra (PR), lembrou que já foram enviados vários ofícios ao presidente do Conselho de Curadores da Fundação, Emerson Tardieu, e que nenhum foi respondido. Para o parlamentar, a situação já está virando “caso de polícia”.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Celina Areias, a demissão é ilegal porque contraria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A legislação determina que os contratos e demissões de professores devem ser realizados com a participação dos órgãos colegiados, o que não aconteceu. Ela disse que o sindicato vai entrar com uma liminar solicitando a recondução dos professores ao cargo.
Sem explicação
O professor Fabrício Marques afirmou que as reivindicações não são unicamente para recondução ao cargo, e que os demitidos querem esclarecimentos sobre os critérios adotados. O professor pediu que a ALMG também participe da luta, assim como o Sindicato dos Jornalistas e o Ministério Público de Minas Gerais. Já o professor Alexandre Freire lembrou que a faculdade recebe benefícios fiscais, por ser uma fundação. “Fomos demitidos sem explicações, dentro de uma lógica que confunde a Fumec com uma empresa privada, e a sociedade merece uma explicação”, denunciou.
O estudante do 8º período da Fumec, Leonardo Fernandez, afirmou que os 600 alunos do curso de comunicação, em greve presencial desde o dia das demissões, estão sofrendo agressões morais, sendo vigiados por uma câmera colocada diante do Diretório Acadêmico, e até mesmo impedidos de panfletarem . “Os estudantes exigem a anulação de todas as demissões, pois os demitidos são os melhores professores da faculdade”, lamentou.
A comissão aprovou requerimento, de autoria do deputado Carlin Moura (PCdoB) solicitando a realização de mais uma audiência pública. “Não haverá Natal enquanto não resolvermos a situação”, afirmou o parlamentar. Para a reunião serão convidados o presidente do Conselho de Curadores da Fumec, Emerson Tardieu; o professor Alexandre Freire; a aluna do 8º período do curso de jornalismo, Luiza de Sá Monteiro; e os promotores de Justiça Especializada na Tutela de Fundações do Ministério Público/MG, Valma da Cunha Leite e Marcelo Oliveira Costa.
Outro requerimento aprovado, de autoria da Comissão, determina que seja realizada uma visita à Curadoria de Fundações do Ministério Público Estadual, para que os deputados solicitem providências com relação às denúncias. A deputada Maria Lúcia (DEM) parabenizou os estudantes pela iniciativa, e disse para “resistirem às ameaças, que com certeza irão acontecer”. Já a deputada Ana Maria Resende (PSDB) disse que as denúncias são “a ponta de um iceberg que agora está começando.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Alemg