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Amazônia deve ser prioridade no PAC da Tecnologia

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) defende prioridade para a Amazônia brasileira no Plano de Ação 2007-2010: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, o PAC da Tecnologia. “Devemos buscar ali os produtos, as fórmulas que irão

Ela relembrou o que todo o mundo já sabe: “Muitas ervas medicinais utilizadas por indígenas e ribeirinhos curam doenças, embelezam as pessoas, por exemplo, acabam com a queda de cabelos. Podem ser a coqueluche da grande indústria farmacêutica e de beleza do mundo e ajudar o Brasil a crescer, gerar empregos e preservar a Amazônia”.


Ela elogiou o PAC da Tecnologia, dizendo que “é mais uma prova que o governo Lula está no caminho certo”, destacando os problemas que o plano terá que enfrentar – um atraso tecnológico de 30 anos do Brasil com relação ao resto do mundo



A meta do governo é elevar o investimento anual, incluindo os recursos aplicados pelo setor privado e os governos estaduais, de 1,02% do PIB (resultado de 2006) para 1,5% do PIB em 2010.  Países emergentes que competem com o Brasil, investem mais em pesquisa e  tecnologia. Em 2005, por exemplo, a Coréia do sul investiu mais que o dobro, a China 1,34% e a Rússia 1,07% do PIB.



“Estamos atrás, se não nos cuidarmos, vamos perder o bonde da história”, alerta a parlamentar comunista.



Formar doutores



Ela fez a defesa do investimento nas formação de pesquisadores. “Não podemos pensar num Brasil desenvolvido sem doutores, pesquisadores de primeira linha; não podemos pensar num Brasil desenvolvido sem inventos tecnológicos e melhorias na produtividade industrial e novos produtos”, afirmou.



Em seu discurso, a parlamentar destacou que “para o Brasil atingir o tão sonhado desenvolvimento sustentável de longo prazo é necessário a formação de profissionais e criação de tecnologias para resolver os grandes problemas nacionais e inserir o Brasil no competitivo mercado internacional de mercadorias de alto valor agregado”.



Outro problema brasileiro, apontado por Perpétua, “é o baixo investimento do setor privado em tecnologia e a falta de ligação entre a pesquisa feita no Brasil e a sua incorporação no mercado em forma de novos produtos”.



“Para termos somente uma idéia do gargalo, em 2006, o investimento privado em ciência e tecnologia chegou a 0,51% do PIB, face a mais de 2% do PIB, por exemplo, na Coréia do Sul. Ao contrário do que acontece em países desenvolvidos e em alguns emergentes, a maioria dos pesquisadores brasileiros está nas universidades (65,9%) e apenas 26,3% nas empresas. Na Coréia do Sul, 76,6% estão no setor empresarial e 15,2% no ensino superior”, explicou.
O PAC da Tecnologia quer aumentar de 65 mil para 95 mil a oferta anual de bolsas do CNPq; ampliar em 60% o número de doutores formados por ano; aumentar em 20% o valor das bolsas; acabar o contingenciamento dos recursos e ampliar os investimentos públicos da ordem de R$41,2 bilhões entre 2007 e 2010.



De Brasília
Márcia Xavier