Manuela debateu CPMF na Rádio Gaúcha
A Deputada Manuela participou hoje, 14, pela manhã do Programa Polêmica, na Rádio Gaúcha. O debate foi sobre a CPMF. Manuela afirmou que ''quem ganhou com o debate da CPMF foi a intolerância polí
Publicado 14/12/2007 11:08 | Editado 04/03/2020 17:12
A Deputada Manuela participou na manhã de hoje do Programa Polêmica, na Rádio Gaúcha. O debate foi sobre a CPMF.
Na intervenção da Deputada, no programa, Manuela afirma que no seu entendimento, quem ganhou com o debate da CPMF foi a intolerância política, tanto que o PSDB já admite rediscutir o tema. Para a deputada, o PSDB buscava a ''derrota política'' do governo Lula, o que ela considera uma irresponsabilidade com o povo brasileiro. Segundo ela, houve uma intolerância de ambos os lados. Tanto do governo, que por ter construido maioria na Câmara acreditou não necessitar de maiores diálogos e, de outro lado, a oposição, que quis derrotar o governo à qualquer custo, desconsiderando qualquer prejuízo que viesse causar à população.
''Arthur Virgílio, chegou a se manifestar com a arrogância de um imperador, dizendo que se não derrotasse a proposta do governo, deixaria de ser o líder, como se fosse unipotente e insubstituível'', disse Manuela. ''Ficou claro que o objetivo exclusivo da oposição era medir força, fazer uma queda-de-braço com o governo'', garantiu a deputada comunista.
Segundo a deputada, 72% da arrecadação da CPMF vinha das empresas e, ao conversar com um médio empresário sobre o tema, o mesmo afirmou que, já que está a tanto tempo convivendo com um determinado valor, incorporado com a alíquota, não haverá uma redução, mas um aumento nos lucros do empresário. Lembrou ainda, que além dos 40 bilhões que o governo deixa de arrecadar diretamente, essa conta deve aumentar, se considerar a sonegação.
Manuela também julga incorreto afirmar que com o tributo todos são onerados igualmente. Dos 72% arrecadados de pessoas jurídicas, 22% são daqueles que tem um ganho superior à R$ 100 mil. ''Portanto, não podemos colocar no mesmo saco. Nossa carga tributária é excessiva, mas precisamos discutir que tipo de tributos queremos e precisamos, discutir o imposto único, desonerar setores produtivos e discutir a progressão nos impostos'', disse.
Ela considera que a reforma tributária precisa ser realizada considerando que tem que pagar mais impostos, quem ganha mais e, ainda, que é necessário combater a sonegação de impostos. Para a deputada, quem perde é o povo brasileiro, visto que foi apenas uma jogada meramente política, que não considerou que o fim do tributo significa menos investimento em saúde e em programas sociais. ''Todos sabemos que os investimentos em programas sociais significa a inclusão de mais brasileiros, que como conseqüência, movimentam a roda da economia e o Brasil cresce'', finalizou Manuela.
A pesquisa interativa do Programa perguntou: O Brasil ganha ou perde sem a CPMF? 66% dos ouvintes responderam que ganha e 34% que o Brasil perde sem a CPMF. Participaram da pesquisa 660 ouvintes.
De Porto Alegre
Sônia Corrêa