Quiroga nega suborno ao Peru na Copa de 78

“Nunca me deram nem ofereceram nada e isso é o que me chateia e incomoda. Não é desmentir, mas afirmar que não devemos crer num sujeito como esse que de tempos em tempos coloca outras pessoas da seleção (nessa situação). Todos somos pessoas decentes e não podemos cair na boca de todo o mundo por estas coisas”, afirmou em conversa com Terra Magazine Latinoamérica.

O ex-goleiro disse sentir-se chateado por quererem manchar seu nome ao invés de reconhecer seus méritos e tudo que fez pela seleção.

“Eu sempre pus a cara pelo Peru, vim jogar e dei minha alma pelo país. Eu era a figura dessa seleção; por minha causa, o Peru se classificou para o Mundial. Não se lembram que das minhas atuações em todas as partidas, me dão 8 de 10 pontos”, afirmou.

Ramón Quiroga também aproveitou para responder seu ex-companheiro de seleção, José Velásquez, que revelou que antes da polêmica partida, um grupo de jogadores da equipe cercou o técnico Marcos Calderón para pedir que não incluíssem o goleiro na partida diante das reclamações por ele ser de nacionalidade argentina.

“Eu me interei disso e disse a todos que o dia que eu ganhava, era peruano; o que perdia, era argentino. Não sei porque Velásquez fala se ele também entregou dois gols no Mundial, diante da Polônia e essa também foi uma partida que pareceu ilógica”.

Fiel a seu estilo, disse que, “apesar de estar chateado” quer levar as coisas “esportivamente”. “Eu daria uma serra a esse colombiano delinqüente para ver se sai da prisão. Tomara que agora que está fazendo dinheiro com meu nome me dê algo”. “Talvez esse colombiano esteja ferido porque em 70 e em 78 nós tiramos o Mundial deles. Só me resta mandar-lhe uma saudação e que vá à put…”, brincou.

O “Loco” ou “Chupetín” Quiroga, como é conhecido o ex-goleiro dos times Universitario de Deportes e Sporting Cristal, trabalha atualmente como comentarista esportivo e está à espera de uma oferta para voltar a ser dirigente de futebol.

Fonte: Terra Magazine