Unidade marca congresso histórico de fundação da CTB
Após dois dias de intenso debate foi eleita, no dia 14, a diretoria da mais nova central sindical do Brasil – a CTB – tendo Wagner Gomes, da Corrente Sindical Classista e do sindicato dos metroviários de São Paulo, como presidente. A criação da Central é
Publicado 14/12/2007 19:41 | Editado 04/03/2020 17:05
Desde sua formação, apesar de ser a maior central do Brasil, a CUT conta também com diferentes centrais sindicais organizadas no país onde se destacam a CGTB e a Força Sindical.
Históricos sindicatos nacionais, que se mantinham, até então, independentes de qualquer central sindical, marcam a construção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB. Severino Almeida – presidente do Sindicato dos Marítimos e da Conttmaf –, em sua fala no ato de abertura, destacou a importância da construção dessa central para a luta política brasileira e pela democracia do movimento sindical.
O ato político, realizado na abertura, contou ainda com o Ministro dos Esportes, Orlando Silva; o presidente do PCdoB, Renato Rabelo; o coordenador nacional da corrente do PSB – Socialismo Sindical Brasileiro – Joílson Cardoso; Roberto Amaral, dirigente nacional do PSB, o presidente da UBES, Ismael Almeida, a presidente da UNE, Lucia Stumpf, e representantes de importantes centrais sindicais brasileiras, entre outros.
Em seu discurso, a presidente da UNE marcou a questão do fortalecimento da Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS e, principalmente, a preocupação da CTB com a juventude trabalhadora, que cresce substancialmente entre a população economicamente ativa de nosso país. Já os representantes das centrais, todos eles, falaram sobre a necessidade de realizar um novo Conclat para unificar a luta dos trabalhadores. Dentre as centrais que referendaram a criação da CTB estão a Força Sindical, a UGT e a CGTB.
Ênfase nas mulheres e na juventude
A CTB nasce com o desafio fundamental da luta dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, compreendendo a heterogeneidade atual da categoria que conta com cerca de 50% de mulheres e com ênfase na juventude, de forma ampla e democrática. Sabendo conviver com as divergências, o diálogo de diferentes correntes políticas e a independência frente ao governo federal. O clima de unidade reflete o objetivo da central: se consolidar como entidade articuladora de pautas unificadas do movimento sindical brasileiro.
A bancada do Rio de Janeiro da CSC teve atuação destacada e elegeu três representantes para a direção nacional da central, sendo duas delas mulheres: Sonia Latgé, do Sintergia e Ana Zélia, da Sintect/RJ. Maurício Ramos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, também foi eleito membro da direção nacional.
A opção classista e a luta pelo socialismo foram afirmadas por essa entidade que já aprova em seu congresso a filiação à Federação Sindical Mundial, entidade de base progressista e representativa em âmbito mundial e de destaque na luta antiimperialista. Sendo assim, a CTB já se coloca como corrente importante da luta democrática e progressista do país, para a construção de um Brasil soberano, com divisão de riqueza, emprego e justiça social. Já está posto o desafio da redução da jornada de trabalho e inclusão econômica de nosso povo onde a CTB está na ponta dessa luta nacional. Viva os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil!!!
*Luísa Pereira é presidente da UJS/Rio e membro da Comissão Política do PCdoB/Rio.