Cappio se recupera bem do jejum e poderá sair do hospital
O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio está avançando bem em sua recuperação e voltou a ingerir comida sólida, segundo seu médico, Klaus Finkam. Ele comeu um pedaço de mamão na manhã desta sexta-feira (21). Seu processo de reeducação alimentar, no
Publicado 21/12/2007 19:46
Durante a greve de fome, ele passou maior parte do tempo bebendo apenas água e soro caseiro – água, sal e açúcar. O boletim médico sobre o estado de Cappio indica possível alta na manhã de sábado (22). Segundo a assessoria da Articulação São Francisco Vivo, organização que acompanha o bispo, no entanto, a saída do Hospital Memorial de Petrolina (PE), pode acontecer ainda na sexta (21).
Natal
Ainda segundo a assessoria da Articulação São Francisco Vivo, logo que sair do hospital, Cappio seguirá para o município de Barra, Oeste da Bahia, onde deve passar as festividades de final de ano ao lado de familiares.
Cappio foi internado na UTI do Hospital Memorial na quarta, após desmaiar. Na quinta, ele deixou a unidade e foi para um apartamento. À noite, foi levado para a celebração para a missa campal em frente à igreja de São Francisco, em Sobradinho, onde ele cumpriu a greve de fome, iniciada no dia 27 de novembro. Ali foi lida carta em que o bispo anunciava o fim da greve de fome.
Quando desmaiou, Cappio chegou a ficar desacordado por 30 a 40 minutos. “Ele só 'voltou' por ação médica, e demorou a recobrar as condições normais. Não conseguia falar, não conseguia abrir os olhos, só ouvia”, disse Rubem Siqueira, assessor da Comissão Pastoral da Terra, que também acompanha o bispo.
Nove quilos
Desde que iniciou o jejum, em 27 de novembro, até a última segunda-feira (17), o bispo já tinha perdido nove quilos. Antes de desmaiar, em vez de soro, Dom Cappio vinha ingerindo apenas água. Esta é a segunda vez que o bispo faz greve de fome contra a transposição.
Em outubro de 2005, ele permaneceu 11 dias sem se alimentar em protesto contra o projeto.
A transposição do Rio São Francisco, um antigo projeto que, segundo o governo, pode beneficiar 12 milhões de pessoas, é tratada como uma das principais prioridades do presidente Lula. As obras começaram em junho deste ano.
Fonte: G1