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Dilma descarta risco de apagão elétrico ou falta de gás

“Com o programa de controle adotado pelo governo, não existe nenhum risco de apagão elétrico e de falta de gás nos próximos anos”, garantiu a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela foi ouvida nesta terça-feira (18) pela comissão de Meio Ambient

Dilma  afirmou que, com a descoberta de reservas de gás na bacia de Campos (RJ) e com as obras realizadas no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o setor, está praticamente afastada a hipótese de desabastecimento de gás para São Paulo e Rio de Janeiro.



Segundo ela, o governo ainda vai investir nas usinas térmicas a gás como substituto dos grandes reservatórios de água para hidrelétricas, que seriam agressivos ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, a transformação de térmicas em biocombustíveis é cara, e essa alternativa deveria ser evitada. Ela explicou que o Brasil ainda está na infância do uso de gás natural, e há potencial para sua utilização. “O Brasil tem um consumo em torno de 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás, mas somente o entorno de Buenos Aires, na Argentina, gasta 100 milhões de metros cúbicos por dia”, disse a ministra.



Dilma considera um contra-senso opor fontes de energia alternativas ao gás natural a sua utilização em usinas térmicas de energia elétrica. Ela explicou aos deputados que a tarifa de energia inclui as térmicas contratadas no período em que estão desativadas por não serem necessárias ao fornecimento de energia elétrica. Nesse período, a venda de gás à indústria e a veículos pode custear o transporte de gás por gasodutos, que é elevado.



A ministra-chefe da Casa Civil afirmou que é possível manter a oferta de gás natural para o mercado industrial brasileiro, mas o preço do combustível deverá subir. Segundo ela, no dia em que ocorreu falta de gás, houve duas falhas no sistema de produção e distribuição. Ela destacou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e uma unidade de gás liqüefeito a ser concluída em maio garantirão o abastecimento em 2008.



A discussão sobre fornecimento de gás foi sugerida pelo deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP). Segundo ele, o corte do fornecimento de gás a distribuidoras no Rio de Janeiro e em São Paulo anuncia o risco de agravamento da escassez nos principais centros econômicos do país.



Desde 30 de outubro, a Petrobras limitou o fornecimento de gás natural aos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. De acordo com a estatal, foi necessário reduzir o volume ao que está estabelecido em contrato com as distribuidoras CEG, CEG-Rio e Comgás, para atender aos demais contratos e garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural. Segundo a Petrobras, há mais de um ano essas distribuidoras retiravam combustível além do previsto nos contratos.



Com informações da Agência Câmara