Estudantes defendem direito à meia passagem
As entidades do movimento estudantil que atuam em Manaus travaram, essa semana, uma grande luta pela manutenção da meia passagem no transporte coletivo. Projeto do vereador Massami Miki, reapresentado na Câ
Publicado 21/12/2007 18:25 | Editado 04/03/2020 16:13
Aproveitando o refluxo da movimentação dos estudantes e a baixa capacidade de mobilização, pelo fato de ser o mês das férias de milhares de jovens e adolescentes, o projeto tramitava com muita velocidade e o clima criado pelos componentes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi o de aprovação.
No entanto, representantes da UNE, UEE/AM, UMES, UESAM, diversos Diretórios Acadêmicos, Centros Acadêmicos e grêmios estudantis da cidade realizaram vigílias desde o dia 17 (segunda-feira), na Câmara, a fim de reverter a situação. A constante presença dos estudantes fez com que os jornais da cidade dessem grande espaço ao posicionamento dos lideres do movimento estudantil, que cantavam: “O estudante, não é otário, não quer pagar vida mole de empresário”.
A vereadora Lucia Antony (PCdoB), reafirmou várias vezes o que os estudantes defendiam e ainda acrescentou mais dados. “Esse golpe tem por objetivo desonerar a planilha do transporte coletivo da cidade e manter o mesmo preço da tarifa cobrada aos usuários. Ou seja, querem aumentar, ainda mais, o lucro dos empresários”, constatou.
O desgaste gerado aos vereadores que apoiaram o projeto foi tamanho que a discussão em outras comissões não aconteceu. Para surpresa dos estudantes, que chegaram em dois ônibus na quinta (20), os trabalhos do último dia de plenária foram cancelados.
Panfletos com a foto do vereador Massami Miki e dos membros da CCJ que aprovaram o golpe (Paulo de Carli, Jorge Luiz, Darlisson Silva e Jorge Maia) foram distribuídos nas praças e terminais de ônibus da cidade.
Nova direção da UEE/AM na luta
Eleita no último sábado, em clima de unidade do movimento estudantil no Estado, a nova direção da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE/AM) saiu do congresso cheia de energia e dois dias depois já se encontrava na Câmara Municipal de Manaus manifestando contrariedade ao que chamavam de golpe.
A atual gestão conta com três mulheres nos principais postos de direção, sendo que a presidente e a militante da UJS, Maria das Neves. Oriunda do movimento estudantil secundarista, em que foi presidente do grêmio do Cefet, a represente discente mais votada do curso de História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e, também, quadro político do movimento de mulheres, terá pela frente uma gestão com a missão de estadualizar a entidade.
Anderson Bahia
UJS/AM