Para Anac, ano-novo será mais tranqüilo que Natal nos aeroportos
A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, afirmou nesta sexta-feira (28) que o número de atrasos e cancelamentos de vôos no feriado prolongado de ano-novo deve ser menor do que o registrado durante o Natal. Em entrevista
Publicado 28/12/2007 21:15
“A situação está super tranqüila no Brasil todo. Se são Pedro ajudar, este fim de ano vai ser ótimo, vai todo mundo chegar a tempo para o Réveillon'', disse a presidente da Anac.
Segundo ela, 151 funcionários da agência estarão trabalhando, principalmente nos aeroportos de Cumbica e Tom Jobim (na Ilha do Galeão, Rio de Janeiro), dando prosseguimento à Operação Anac nos Aeroportos, que vai até 7 de janeiro. “Nosso foco são os aeroportos com maior chance de problema. Na semana passada, nossa aposta eram os vôos domésticos. Hoje, como a gente acha que a demanda por vôos internacionais é muito grande, nossa preocupação maior é com Guarulhos e Galeão”, explicou.
Em um balanço preliminar da operação, a presidente da Anac comemorou os índices de atrasos e cancelamentos registrados entre 21 e 26 de dezembro. Para ela, a presença de diretores e superintendentes da Anac nos aeroportos e medidas tomadas pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e pelo sistema de controle de tráfego aéreo contribuíram para os bons resultados.
Segundo Solange Vieira, o índice maior de atrasos e cancelamentos nos primeiros dias do feriado de Natal era esperado por três razões: a demanda de passageiros muito elevada, a alteração na malha de vôos do dia 20 para o 21 e as fortes chuvas em São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com ela, a partir de sábado (22), os problemas foram “se diluindo” e hoje percentual geral de atrasos é razoável – 7,7%, de acordo com balanço divulgado às 16 horas pela Infraero.
Segundo a presidente da Anac, durante o Natal, não foi registrado nenhum atraso causado por falhas no controle aéreo. O maior motivo de problemas foi o atendimento na área do check-in das empresas. “Congonhas e Guarulhos já têm problemas de terminal e operam no limite da capacidade. Então, quando estamos em época de festas e as empresas operam com vôos lotados, é natural que tenhamos problemas para fazer check-in de todos os passageiros”, avaliou.
Solange disse ainda que os problemas constatados pelos fiscais da Anac nos aeroportos durante o Natal e o ano-novo servirão de base para mudanças na regulação do setor da aviação civil. “Nossa meta é 0% de atrasos. A gente espera que no segundo semestre isso seja atingido”, disse.
De acordo com a presidente da Anac, empresas que não cumprirem regras poderão até perder a concessão das linhas. “Mais importante que a companhia pagar uma multa de R$ 5 mil, de R$ 10 mil ou R$ 20 mil é ela perder a autorização de voar naquele horário e naquela rota”, destacou.
Com informações da Agência Brasil