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Proposta de Alice Portugal incentiva doações para transplantes

A Câmara analisa o Projeto de Lei da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) que garante informação às mulheres, durante o período de consultas pré-natal e no momento do parto, sobre a importância da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e da plac

Alice Portugal afirma que cerca de três mil brasileiros a cada ano entram na fila de espera para transplante de medula para tratar de leucemia, sem encontrarem doador. Ela considera fundamental que as gestantes tenham acesso às informações a fim de que possam decidir sobre a doação, que só pode ocorrer com consentimento por escrito do doador ou de seu responsável legal.



“Considero fundamental que o acesso a tais informações estejam disponíveis a todos para que diante delas possam decidir sobre a doação. A falta de acesso hoje representa a impossibilidade de elevar os níveis de estoque dos bancos públicos aos desejáveis para o atendimento daqueles que se encontram na fila para um transplante de medula óssea, por exemplo”, afirma.



O projeto de lei foi inicialmente apresentado pela ex-deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).


 


Procedimento simples



“Poucas pessoas têm conhecimento de que a doação é possível, basta a autorização”, destaca a parlamentar, lembrando ainda que o procedimento é simples e implica na coleta do material do cordão umbilical após o parto, cordão este que será descartado se a família não autorizar a doação.



O sangue coletado é processado e as células-tronco são criopreservadas por anos, podendo ser disponibilizadas para transplante tanto no território nacional quanto internacionalmente. Da mesma forma, um receptor brasileiro pode receber material vindo de outro país.



Existem no mundo mais de cem bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, e no Brasil já há alguns bancos em centros de referência, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.



A rede pública, que começou a funcionar em 2004 coletou apenas 1,5 mil amostras até hoje e espera atingir o número ideal daqui a cinco anos.



De Brasília
Márcia Xavier