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Sri Lanka rompe cessar-fogo com Tigres Tamis

O governo de Sri Lanka (antigo Ceilão) retirou-se de um acordo de cessar-fogo com os separatistas Tigres da Libertação de Tamil Eelam. A decisão seguiu-se à explosão na quarta-feira (2) de uma bomba em Colombo, a capital, que matou pelo menos quatro pesso

Chandrapala Liyanage, porta-voz presidencial, disse que o gabinete de ministros decidiu “suspender o cessar-fogo”, agregando que “agora o processo legal está em curso”. Pelo cessar-fogo acordado na Noruega em 2002, entre o governo e os Tigres Tamis, as partes têm a opção de retirar-se, duas semanas depois de notificar o governo da Noruega.



O fim formal do cessar-fogo acontece após meses de retomada dos combates no terreno. O fato foi evidenciado pela explosão de quarta-feira, atingindo um ônibus que transportaria soldados para um posto no distrito de Slave Island. O diretor do Hospital Nacional, em Colombo, disse que 20 pessoas deram entrada com ferimentos e quatro delas morreram, entre elas dois soldados.



Rasiah Ilanthiraiyan, porta-voz dos Tigres Tamis, em declaração dada no reduto do grupo, em Kilinochchi, negou a autoria do atentado. “Não temos nada a ver com isso. Cabe ao governo achar quem fez isso”, afirmou.



 O exército de Sri Lanka é acusado de ter matado centenas de combatentes dos Tigres nos últimos meses. No entanto, analistas citados pela TV árabe Al Jazira avaliam que os dois lados freqüentemente exageram as baixas do inimigo e subfaturam as suas próprias.



O governo do presidente Mahinda Rajapaksa está determinado a destruir os redutos militares dos Tigres e varrer o grupo do território que ele controla, no norte da ilha de 20 milhões de habitantes, que foi colônia inglesa até 1948. As posições do grupo separatista no leste foram capturadas em 2007. Analistas militares dizem que não está à vista o fim do conflito, que já acarretou pelo menos 70 mil mortes desde o início do movimento separatista, em 1983.



Com informações da Al Jazira