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Entidades quenianas pressionam por saída negociada da crise

Organizações da sociedade civil do Quênia condenaram nesta segunda-feira (7) a violência imperante no país e reivindicaram um processo de negociação visando reestabelecer a ordem, perturbada pela crise que se seguiu às eleições de 27 de dezembro. Duas dez

Os protestos desorganizados que explodiram após o anúncio do resultado eleitoral, o sirgimento de milícias instigadoras da violência, principalmente no Vale do Rift e a reativação da seita dos Mungi são os motivos apresentados para os distúrbios. O documento aponta, além deles, o uso desproporcional da repressão policial.



O documento de 11 pontos diz que o governo do presidente Mwai Kibaki, que é de origem kikuyu, usou a revolta como argumento para privar os quenianos de seus direitos fundamentais, como as liberdades de expressão, reunião e associação. Alerta também que caso isso continue a violência também prosseguirá.



As 20 entidades aliadas classificaram como “graves” as anomalias ocorridas durante o processo eleitoral. Julgam ilegítimos os resultados anunciados e portanto questionam a legitimidade do segundo mandato que Kibaki proclama ter obtido.



Visando acalmar os ânimos, as entidades reclamam o início de um  processo de negociação, que priorize a criação de um órgão eleitoral interino encarregado de revisar todo o procedimento das eleições e, conforme os resultados da investigação, propor a recontagem dos votos ou a realização de um novo pleito.



As entidades pedem também a renúncia da atual Comissão Eleitoral. E querem que o presidente adie a nomeação do gabinete de ministros para depois que o país voltar à normalidade. O plano de um governo de unidade nacional, anunciado por Kibabi como saída para a crise, foi rejeitado nesta segunda-feira (7) pelo candidato presidencial oposicionista no dia 27, Raila Odinga, que é de origem luo.



Com informações da agência Prensa Latina