General americano não descarta diminuir tropas no Iraque

Durante uma visita à base americana de Arifjan, no Kuwait – centro logístico do exército dos EUA para suas operações no Iraque e Afeganistão -, Bush também exigiu que o Irã suspenda seu apoio às milícias xiitas no Iraque e que a Síria se esforce mais para impedir a passagem de terroristas por seu território.

 

Após um encontro com Petraeus e com o embaixador americano em Bagdá, Ryan Crocker, o presidente dos Estados Unidos disse que a recomendação do general sobre o número de forças americanas a ser mantido no Iraque vai depender unicamente das condições no local.

 

“Se ele não desejar continuar com a redução (de tropas), não vejo problemas, desde que tenhamos êxito no Iraque”, ressaltou Bush.

 

Já Petraeus admitiu que há a possibilidade de uma redução significativa, mas ressaltou que ainda não decidiu sobre o assunto. O general deverá informar ao Congresso dos EUA em março sobre seus planos para o futuro das forças.

 

O presidente americano ressaltou que a retirada dos soldados caminha segundo o previsto, em pronunciamento feito no Centro de Comando da base de Arifjan para 3 mil soldados.

 

Em setembro de 2007, Bush anunciou que retiraria 30 mil soldados até julho, deixando 130 mil militares americanos em solo iraquiano, aproximadamente o mesmo número de um ano atrás.

 

Os democratas exigiram uma saída mais rápida das forças e o tema ocupa uma posição de destaque na campanha eleitoral.

 

Irã no foco

 

Bush falou mais tempo à imprensa que o acompanha em sua viagem pelo Oriente Médio do que aos soldados. Em suas declarações o Irã foi, de novo, protagonista.

 

“Descobriu-se o papel do Irã no avanço da violência no Iraque”, disse, acrescentando que possui agentes iranianos detidos e informações que indicam que o Irã deu apoio a grupos extremistas.

 

Petraeus disse que, nos últimos dias, aumentaram os números de ataques contra as tropas americanas, com minas sofisticadas conhecidas como Projéteis com Formação Explosiva (EFP). Os Estados Unidos acreditam que estes artefatos entram em território iraquiano pelo Irã.

 

Ao mesmo tempo, o general reconheceu que diminuíram os ataques com armas de grande calibre, que também teriam origem no Irã, e admitiu que os dois dados “são contraditórios”.

 

Segundo ele, a Síria colaborou mais, já que o número de pessoas que entrou através de suas fronteiras ao Iraque para lutar contra as tropas americanas diminuiu à metade.

 

Mesmo assim, Bush afirmou que a Síria deve reduzir ainda mais o fluxo de terroristas por seu território, principalmente suicidas.

 

Fonte: Último Segundo