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Lupi desafia Comissão e diz não temer demissão

O ministro Carlos Lupi voltou a afirmar que aguarda o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o fato de ocupar simultaneamente o cargo de presidente do PDT e a pasta do Trabalho e Emprego. Parecer da Comissão de Ética Pública diz que Lupi não p

Ele disse que não teme uma demissão porque está protegido pela Constituição Federal, segundo a qual os partidos políticos são as representações institucionais e legitimas da política brasileira. “Como a Constituição me garante, eu não temo nada.”



“Nada está acima da lei. Nenhuma interpretação de nenhuma comissão, de nenhum cidadão brasileiro, está acima da Constituição Federal. Mostrem os atos, mostrem os fatos. Digam algum ato do ministro Carlos Lupi que não seja republicano e transparente”, acrescentou.



Lupi citou outro motivo para não se despreocupar com a possibilidade de demissão: a negociação política realizada antes de assumir o ministério. Além disso, Lupi lembrou que existem, em outros países, primeiros-ministros que são presidentes de partido.



O ministro do Trabalho disse que ainda não conversou sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, todas as conversas que teve com Lula foram sobre ações do ministério.



Solidariedade



Na semana passada, presidentes de diversos partidos da base aliada do governo emitiram uma nota de solidariedade a Carlos Lupi. No documento, lideranças do PSB, PRB, PCdoB, PMN e PDT dizem que os partidos políticos, ao contrário do que erroneamente faz a Comissão de Ética, não podem ser, sem qualquer fato ou indício, vistos como instituições suspeitas e obscuras. “Quem assim o faz conspira contra a democracia e o Direito, pois eles são, no Estado Democrático de Direito, as únicas instituições habilitadas, pela via eleitoral, a manifestar a vontade eleitoral da população. Nenhum Presidente, Governador, Senador, Deputado ou simples vereador pode ser eleito se não for filiado a um partido político e o próprio Supremo Tribunal Federal vem de reconhecer que deixar seu partido é, inclusive, motivo para que perca seu mandato eletivo”, diz a nota. (Leia a íntegra da nota)



Da redação,
com agências