Brasil e Cuba renovam aliança para desenvolver medicamento
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e instituições cubanas firmaram nova aliança para o desenvolvimento conjunto dos dois países do medicamento Interferon Alfa 2B Humano Recombinante Peguilado, utilizado no tratamento da Hepatite C.
Publicado 16/01/2008 11:50
O acordo traz uma série de vantagens para o Brasil, sobretudo financeiras. Segundo dados do Ministério da Saúde, o menor preço das últimas importações do medicamento (apresentação 80mcg) pelas secretarias estaduais de Saúde é o praticado pela de São Paulo, de R$520 reais o frasco. Com o início da produção em Bio-Manguinhos, o preço máximo será de R$300, decaindo ao longo dos próximos nove anos até alcançar o patamar de R$180.
Outra vantagem é que, a partir da nacionalização dos produtos, o Ministério da Saúde terá condições de ampliar seu campo de atuação e garantir o acesso a esses insumos estratégicos. A aquisição de tecnologia de produção de biofármacos recombinantes por uma entidade pública permitirá a autonomia do Brasil na produção destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Com essa parceria, a Fundação Oswaldo Cruz passa a ser a única instituição da América do Sul a deter a tecnologia de peguilação. Isso permitirá o desenvolvimento de novas moléculas terapêuticas conjugadas, viabilizando a permanência do país nesse mercado.
Inspeções conjuntas
O Ministério da Saúde firmará parceria pela qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Centro Estatal de Controle de Medicamentos de Cuba farão inspeções conjuntas de laboratórios produtores de vacinas e biotecnológicos.
Outra parceria importante firmada em Havana prevê o fortalecimento das assessorias internacionais de Saúde de Cuba e do Brasil. Haverá intercâmbios entre integrantes das duas entidades, que vão trocar experiências sobre o trabalho desenvolvido em cada país.
Fonte: Informe-se