Pretendo ganhar no 1º turno, diz Luizianne

A prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) quer o PMDB como aliado na eleição de outubro próximo. Segundo ela, discussões sobre a possível aliança já foram iniciadas. Na manhã de ontem, em entrevista concedida na Assembléia Legislativa, ela fez um balanç

Luizianne está comandando pessoalmente as discussões com os aliados. Além do PSB, que em 2004 compôs com a petista a chapa majoritária, ela quer também em seu palanque partidos como o PC do B, PV, PHS e PCB. “Queremos o apoio do PSB, que foi fundamental para viabilizar nossa eleição, e queremos os partidos que hoje compõem o governo participando do processo”, ressaltou.


 


 


O PMDB também está na mira da petista. As conversações estão sendo travadas com o presidente regional da sigla, deputado federal Eunício Oliveira. Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, em dezembro passado, o presidente do diretório municipal do PMDB, José Maria Couto, destacou o tempo do partido no programa eleitoral gratuito, que é de 13 minutos, como um “trunfo” peemedebista.


 


 


“O tempo de televisão é fundamental, mas a gente não pode fazer aliança por causa disso. A gente tem que fazer uma aliança estratégica e política, com programa de governo. Os apoios são bem vindos, mas não faz parte da minha essência discutir as coisas pragmaticamente”, minimizou Luizianne, ao comentar a condição citada por Couto.


 


 


Luizianne lembra que as parcerias políticas são importantes, mas antes delas a está o apelo popular. “A principal aliança política é com o povo. Quando o povo está convencido, não tem quem derrube. Não é tempo de televisão e nem é aliança política de partido que determina. Tudo ajuda, mas quem define mesmo é o povo”, ponderou;


 


 


Verdade


 


 


Para tentar a reeleição, Luizianne revela qual a arma que vai usar para convencer o povo: “a verdade”. Segundo ela, vai ser mostrando o que foi feito pela sua administração, e explicando as razões que a levaram a não colocar em prática algumas das promessas, que vai disputar um segundo mandato na Capital cearense.


 


 


As diferenças que colocaram PT e PMDB em lados opostos por mais de uma década, foram flexibilizadas. Em 2006, na eleição de Cid Gomes (PSB) ao Governo do Estado, foi firmada uma parceria entre os partidos, que, segundo Luizianne, foi possível pelo fato do PMDB ser aliado do governo Lula.


 


 


“Em Fortaleza, as pessoas que fizeram o PMDB, principalmente nos 10 anos da gestão passada, não estão mais no partido. O Juraci e outros correligionários dele saíram, alguns vereadores também, e o partido teve uma mudança de perfil do ponto de vista de quem hoje está no parlamento”, avaliou. “Vou conversar (com o PMDB) com coração aberto, buscando o melhor para o povo”, completou Luizianne.


 


 


Solidão


 


 


Oriunda do Legislativo, a ex-vereadora e ex-deputada estadual admite a “solidão” pelo ônus de ocupar o comando do Executivo municipal. “Como parlamentar eu estava sempre em todo canto, podendo atender todo mundo. Quando você vira prefeita suas obrigações aumentam, é muita responsabilidade. São dois milhões de pessoas em Fortaleza, uma cidade com a quarta concentração de renda, muita pobreza e dificuldade”, disse.


 


 


Segundo ela, diante dessa realidade, as ações que visem a diminuição das desigualdades sociais dependem de financiamentos nacionais e internacionais: “acho que poder é solitário nesse sentido. Gosto muito da cidade e do mundo, e fiquei muito com minha mobilidade limitada porque, afinal de contas, eu represento institucionalmente a cidade”.


 


 


Fonte: Diário do Nordeste