Estação da Parangaba é tombada pela Prefeitura de Fortaleza
A Prefeitura Municipal de Fortaleza determinou através do decreto 12313/2007, retroativo a 13 de dezembro de 2007, o tombamento histórico e cultural, em caráter definitivo, do imóvel da Estação Ferroviária de Parangaba. Dentre as várias funções de um tomb
Publicado 18/01/2008 12:37 | Editado 04/03/2020 16:36
O Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, que organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, diz que ''as coisas tombadas não poderão, em caso nenhum, ser destruídas, demolidas ou mutiladas''.
Porangaba, Vila Nova de Arronches e finalmente Parangaba, área que remonta aos tempos da colonização lusitana em 1603. Parangaba – (em tupi-guarani significa beleza, formosura), situada nas margens da lagoa do mesmo nome, foi um dos mais antigos povoados do Ceará, o chamado aldeamento indígena de Porangaba, que os jesuítas fundaram no séc. XVI. Foi nestas terras cearenses que os padres da Companhia de Jesus deram início, em 1607, ao trabalho de evangelização das populações índias.
A vila foi criada a 26 de Maio de 1758 e inaugurada a 25 de outubro de 1759. Dentre os principais equipamentos instalados no bairro ainda no século XIX, têm-se a implantação da via férrea Fortaleza-Baturité e a construção de uma estação em 1873. A estação foi a segunda a ser construída no Estado depois da Estação Central, sendo demolida em 1939 e reerguida em 1941. Sua construção fortaleceu o comércio de farinha, gado e couro na área. Parangaba era o ponto coletor de parte da produção dos roçados de Fortaleza e de boa parte da farinha, do gado e couro das fazendas adjacentes, além de ser ponto de convergência de estradas que se dirigiam às serras úmidas de Maranguape, Pacatuba e Baturité. O trem consolidou e incrementou seu desenvolvimento.
Em março de 2006, um grupo de moradores da Parangaba iniciou uma mobilização contra a derrubada de sua estação ferroviária, uma das últimas edificações históricas ainda preservadas no bairro. O surgimento do Comitê Pró-Tombamento da Estação de Parangaba (CPTEP) demonstra à sociedade fortalezense que a população pode e deve intervir nos rumos da preservação da memória na cidade. Com o tombamento da edificação, a Prefeitura Municipal de Fortaleza sinaliza apoio à iniciativa.
Fonte: Funcet