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Alta de alimentos prejudicou mais os países pobres

A preocupação com os preços dos alimentos é, desde o ano passado, um problema mundial, mas foram os países pobres que pagaram a maior parte dessa conta, desembolsando US$ 107 bilhões com importações de alimentos em 2007 — um volume 25% superior ao gasto e

A agroinflação pressionou os índices de inflação do Brasil, da China, dos Estados Unidos e os da área do euro. Não é para menos. O preço de algumas commodities agrícolas, como soja, milho e trigo, chegou a subir 50%, em média. Houve situações mais extremas e o exemplo mais próximo do consumidor brasileiro foi o do feijão carioquinha, que registrou alta 144,42%, em 2007.



Na China, os preços dos alimentos subiram 18,20% contra uma inflação de 6,9% – a maior em 11 anos. No Brasil, a inflação dos alimentos também pulou para a casa dos dois dígitos. O índice geral foi de 4,6% e a maior pressão veio dos alimentos, que fechou o ano com uma alta de 10,65%, segundo o IPC, da Fundação $úlio Vargas (FGV).



Na Comunidade Européia, os alimentos também subiram mais que a inflação: 4,8% contra 3,16%. O mesmo ocorreu nos Estados Unidos, onde a inflação dos alimentos foi de 4,8% enquanto a inflação, em 2007, foi de 4,1%, comparou o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV.



A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) não acredita que a desaceleração da economia americana tenha força para conter a alta dos alimentos. O comissário da União Européia (UE) para o Comércio, Peter Mandelson, previu, recentemente, que a pressão deve continuar até 2016.