Organização finaliza planejamento estratégico para 2008

A Oficina de Planejamento das ações da Organização teve a participação de secretários de organização dos seguintes estados: Ceará, Maranhão, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pará. Estiveram ausentes estados de Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Amazonas.

 

Fruto de debates e decisões compartilhadas, os resultados apresentados tiveram como referência os principais desafios que se colocam para o conjunto partidário em 2008, com base nas quatro diretivas do Comitê Central.

 

O vértice desses desafios é, sem dúvida, preparar 2008 na perspectiva de viabilizar 400 candidaturas a prefeito para o processo eleitoral. Ligado a isso, é de fundamental importância construir o Bloco de Esquerda nas condições possíveis, visando 2010.

 

Além desses dois grandes desafios, coloca-se ainda o da consolidação da CTB nos 27 estados e a busca de caminhos para transformar a bandeira das seis reformas democráticas em campanhas massivas.

 

1- Problemas identificados

Tendo como referência essas quatro grandes questões, a oficina teve início com a etapa de “identificação de problemas”. Esta etapa evidenciou aspectos de natureza política e organizativa.

    
Foram destacados os seguintes problemas políticos:

– Dificuldade em firmar a imagem e o número da legenda do Partido;
– Tensão entre a necessidade de uma política frentista e a necessidade de afirmação do Partido no âmbito dos estados e municípios;
– Pouca experiência de atuação na esfera institucional do aparelho de Estado;
– Ligação insuficiente dos processos de construção partidária com a linha e atuação política de massas.

 

Entre os problemas organizativos, foram apontados:

– Necessidade de manter o crescimento partidário de forma continuada e dirigida;
– Debilidades na estrutura partidária para a incorporação de filiados;
– Pouca estruturação dos Comitês Municipais (CMs), especialmente em algumas capitais;
– Dificuldade de funcionamento pleno das direções estaduais e municipais nos períodos eleitorais;
– Insuficiente grau de implementação do sistema de direção;
– Baixa assimilação e utilização dos novos instrumentos estatutários.

 

2 – Interfaces

Além dos problemas acima elencados, também mereceram destaque outras questões que, embora sejam especificamente vinculadas ao âmbito de atuação de outras Secretarias, são transversais à  Organização.

 

Assim, foram apontados problemas tais como a ausência de um sistema de gestão de quadros, e outros que tocam, respectivamente, as Secretarias de Formação, Finanças e Comunicação:

 

– Baixo grau de  formação política por parte de uma militância mesmo de quadros novos e conhecimento insuficiente  dos principais conceitos e categorias do pensamento marxista;
– Insuficiência da política e dos instrumentos para a luta de idéias;
– Dificuldade de sustentação financeira da estrutura partidária;
– Insuficiência dos instrumentos de divulgação do Partido para alcançar parcelas mais amplas do povo.

   
3 – Definição de objetivos e ações

A partir dos problemas identificados, foram estabelecidos os seguintes objetivos, que, por sua vez, serão a referência para as respectivas ações.

 

Objetivo 1

Aprimorar o processo de mobilização partidária para um maior protagonismo nas batalhas políticas e sociais, com vértice na disputa 2008 e construir visão aprofundada do Partido sobre grandes temas de interesse do povo, a partir das reformas propostas pelo Partido.

 

Ações:

– Implementar as quatro diretrizes do Comitê Central.
– Pautar na Direção Nacional, formas e meios de  transformar as campanhas em movimentos massivos que envolvam a militância pela base.

 

Objetivo 2

Consolidar a abertura do Partido, garantindo o crescimento qualitativo e quantitativo, priorizando: trabalhadores, juventude, intelectualidade e mulheres.

 

Ações:

– Realizar campanhas de filiação junto a lideranças políticas e nos movimentos sociais, prioritariamente nas atividades da UJS, CONAM, Mulheres, Sindicalistas e Movimento Negro no 1º semestre;
– Realizar convenções eleitorais massivas, como pontos culminantes do processo de crescimento do Partido em 2008.
– Realizar consultas aos Comitês estaduais com a finalidade de obter informações mais consistentes para a definição de metas

 

Objetivo 3

Elevar o zelo para com a vida partidária, visando:

 a) Um sistema de direção diversificado e consolidado;

 

Ações:

– Coordenar a montagem dos sistemas de direção nos estados;
– Fortalecer as direções nas capitais e estimular a formação de comitês auxiliares;
– Estimular a criação de fóruns de macro-região nos Estados;
– Fazer funcionar integralmente os Comitês Municipais e consolidar suas comissões políticas;
– Estimular a elaboração dos PEPs estaduais com o monitoramento da CNO.
– Estimular a transformação de comitês provisórios em comitês definitivos até as convenções de junho de 2008 e a constituição de novos comitês provisórios para apresentar candidaturas em 2008;

 

b) Impulsionar  a vida militante partidária regular:

 

Ações:

– Realizar em todo o país plenárias de militantes e filiados entre março e abril de 2008; 
– Propor a realização de plenárias regulares com dirigentes dos organismos de base, com foco em temas centrais da ação política;
– Aplicar nova bateria do curso para Secretários de Organização dos Estados;
– Implementar em nova escala a CNM 2008 nas capitais e grandes municípios a partir das plenárias propostas até as convenções de junho.

 

c) Garantir a institucionalidade e o cumprimento do Estatuto

 

Ações:

– Publicizar as inovações do Estatuto por meio da divulgação nos mecanismos e instrumentos de formação e comunicação;
– Coordenar a formalização das filiações junto à Justiça Eleitoral, até abril de 2008;
– Monitorar, junto aos Comitês Estaduais, o processo de  inclusão dos dados de filiados na Rede Vermelha; 
– Estruturar o departamento de filiações pela Internet, com protocolo de procedimentos. 

 

Objetivo 4
Avançar na elaboração de uma Política Nacional de Quadros

 

Ações

– Atualizar o levantamento Nacional de Quadros;
– Efetivar o Relatório da Sub-Comissão de Organização, já em andamento.

 

4- Interfaces

A realização das ações acima descritas  e o conseqüente alcance dos objetivos estabelecidos constituem-se propostas de trabalho da Organização para 2008. No entanto, é importante assegurar esse esforço pelas linhas de ação  com  interfaces:

 

a ) Na formação:

– Além do CNQ, manter os CCQI e abrir campanhas por CBVs massivos em todo o Partido.

 

b) Na Comunicação:
 
– Realização de Campanha Publicitária como forma de ampliar a divulgação do nome e das propostas do Partido na sociedade;
– Fortalecer o papel do PV como instrumento de direção e de consolidação de concepções sobre a vida partidária.

 

c) Nas Finanças:

– Estruturar estratégias para a CNM-2008;
– Propor à Direção Nacional a constituição de um fundo especial de ajuda de emergência aos Estados;
 

 

d)  Na Elaboração coletiva de uma Política de Quadros

A elaboração coletiva de uma política atualizada de quadros e criação de um Departamento de Quadros, no âmbito do Comitê Central e, inicialmente, nos maiores Comitês estaduais, coloca-se como medida de grande impacto para 2008.

 

e) No aprimoramento dos PEPs

Aprimoramento geral dos PEPs Estaduais, pelo caminho “ mais política, melhor técnica e gestão coletiva”, com o apoio técnico da CNO, por meio de encontros pelo país sobre o tema.

 

Indicadores a serem utilizados para o monitoramento e avaliação de ações do planejamento 2008

 

As ações vinculadas aos objetivos estabelecidos na oficina de planejamento  serão monitoradas e avaliadas tendo por base os indicadores aqui apresentados.

 

Objetivo 1
Aprimorar o processo de mobilização partidária para um maior protagonismo nas batalhas políticas e sociais, com vértice na disputa 2008 e construir visão aprofundada do Partido sobre grandes temas de interesse do povo, a partir das reformas propostas pelo Partido.

 

Indicadores:

– Número de candidaturas majoritárias viabilizadas x número de candidaturas previstas;
– Número de vereadores lançados e número de vereadores eleitos;
– Nº de sindicatos filiados para a constituição da CTB nos estados;
– Número de mobilizados nos congressos da UJS e CONAM;
– Atos e eventos realizados em função das reformas defendidas pelo Partido;
– Atos e eventos relativos à divulgação de programas de candidatos do Partido à prefeitura das capitais.

 

Objetivo 2
Consolidar a abertura  do Partido, proporcionando um crescimento  qualitativo e quantitativo entre os trabalhadores, a juventude, a intelectualidade e as mulheres e movimento negro

 

Indicadores:

– Número de filiações realizadas no período (2008), comparado com o número de filiações  no período anterior;
– Número de Comitês Municipais constituídos ou comissões provisórias comparado a 2007;
– Número de filiações realizadas nos congressos da juventude e movimento popular e constituição da CTB nos estados.

 

Objetivo 3
Efetivar o zelo para com a vida partidária, tendo por principais estratégias

 

3a – Sistema de direção diversificado

 

Indicadores:

– Número de convenções municipais realizadas em relação ao número de direções constituídas;
– Fóruns de macro-região nos estados com funcionamento regular;
– Constituição das secretarias nos comitês estaduais e nas capitais.

 

3b –  Impulso à vida militante partidária regular

– Número de participantes mobilizados nas plenárias de militantes, filiados e apoiadores realizadas em março e abril;
– Número de militantes e filiados mobilizados nas convenções eleitorais;
– Número de militantes que com a Carteira Nacional de Militante.

 

3c – Garantir a institucionalidade e o cumprimento do Estatuto do Partido

 

Indicadores:

– Existência de Comissão de Controle nas direções estaduais;
– Percentual de mulheres na composição das direções estaduais e das capitais;
– Os indicadores do item 3a e 3b também medem o grau de institucionalidade e cumprimento do estatuto.

 

Objetivo 4
Avançar na elaboração de uma Política Nacional de Quadros

Definição de ações em processo.

 

 

Comissão Nacional de Organização

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