Deputados instalam CPI do Detran no RS

O presidente da CPI, Fabiano Pereira (PT), explica que, além de investigar o esquema que desviou R$ 40 milhões dos cofres públicos, a Comissão pretende esclarecer outros pontos. Entre eles, contratos de guincho e depósito, o valor cobrado pelo exame de habilitação e o alto índice de reprovação para obtenção de carteiras de motorista, que chega a 48%.

“Nós queremos trabalhar na comissão em três linhas. A primeira é a identificação de culpados pela situação, especialmente pelo rombo dos R$ 40 milhões. Após isso, nós temos que procurar recuperar esses recursos para o poder público, porque são recursos que estão falta muito para saúde, educação. E terceira questão é trabalharmos para se criar mecanismos, vacinas, para que isso não ocorra mais”, diz.

A CPI irá utilizar também as provas e as entrevistas obtidas pela Polícia Federal. O esquema que desviava verbas públicas do Detran-RS foi descoberto em Novembro do ano passado. O Departamento contratou a Fundação de Apoio de Ciência e Tecnologia (Fatec) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para elaborar e aplicar as provas aos candidatos a motoristas. A Fatec, porém, é acusada de ter contratado três empresas e um escritório de advocacia sem licitação, que superfaturariam os contratos e pagariam propina a diretores do Detran-RS.

A primeira reunião da CPI vai ocorrer na segunda-feira (11), quando deve ser definida a ordem das pessoas a serem ouvidas. De acordo com o deputado Fabiano Pereira, o ideal é que os depoimentos se iniciem com os ex-presidentes do Detran-RS, a fim de analisar o histórico do órgão desde sua fundação, durante o governo de Antônio Britto. Em dez anos, essa já é a segunda CPI do Detran-RS.

Chasque